Morre o vereador Chico Caiana, aos 56 anos

Foi confirmada há pouco a morte do vereador Chico Caiana (PTB), 56, que estava internado no Hospital Universitário Regional de Maringá, após sofrer AVC hemorrágico.

Francisco Gomes dos Santos tinha 56 anos e na eleição de 2016 recebeu 2.838 votos, sendo o mais votado do PTB. Nascido em Ubiratã, ele foi presidente da Câmara de Maringá em 2014, na eleição em que tudo parecia certo para a recondução do então vereador Ulisses Maia. Chico Caiana era comerciante no Conjunto Requião.

O prefeito Ulisses Maia e o presidente da Câmara, Mário Hossokawa, estiveram no HUM quando a morte foi confirmada.

A Câmara de Maringá divulgou nas redes sociais a seguinte nota:

LUTO – A Câmara de Maringá comunica, com imenso pesar, o falecimento do vereador Chico Caiana, que estava internado no Hospital Universitário após ter sofrido um acidente vascular cerebral na madrugada de segunda-feira (27). Às 7h45 desta quarta-feira ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Caiana deixa dois filhos, uma neta e a esposa, Edileuza Alves Bezerra. O velório deverá ocorrer na Câmara de Maringá, conforme informações do gabinete da Presidência. Em breve, divulgaremos mais informações sobre horários de sepultamento.

REQUIÃO E GUAIAPÓ. O comerciante Francisco Gomes dos Santos, 56 anos, mais conhecido como Chico Caiana, estava em seu terceiro mandato como vereador de Maringá. Nascido em Ubiratã, em 14 de maio de 1964, representava, especialmente, a população dos Conjuntos Guaiapó e Conjunto Requião, onde residia e mantinha o seu empreendimento do ramo alimentício.

Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ele iniciou sua carreira política na 13ª legislatura da Câmara Municipal, entre 01/01/2005 a 31/12/2008, eleito com 2.584 votos.

Voltou ao Legislativo em 2013, com 1.673 votos, no mandato em que alcançou a presidência da Casa de 1º/1/2015 a 31/12/2016, como 42º chefe do Legislativo maringaense.

Naquela época, foi reeleito vereador com 2.838 votos, em 10º lugar. Em 2018, ficou licenciado por 120 dias para trabalhar na campanha eleitoral auxiliando seu partido. Foi substituído pelo sindicalista bancário Luiz Pereira.

Chico Caiana sempre esteve ligado às camadas populares e, consequentemente, seus projetos, requerimentos e indicações na Câmara Municipal buscavam soluções para este grupo.

Foi autor, por exemplo, da lei que criou o Restaurante Popular de Maringá, e também da lei 10.388, de 2017, batizada de Campanha do Busão sem Abuso no transporte coletivo de passageiros. Caiana foi autor da lei 10.621, de 2018, que obrigou a administração municipal a afixar nos estabelecimentos públicos de saúde uma placa informando os médicos de plantão e suas especialidades.

Atualmente, Caiana era membro da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia. O grupo analisa as compras da Secretaria Municipal da Saúde nos últimos doze meses, após suspeita de pagamentos que extrapolam o valor de mercado pela pasta.

ÚLTIMO ATO. A última atividade parlamentar de Chico Caiana se deu em 14 de julho, uma terça-feira, antes do recesso legislativo. Na pauta da ordem do dia, dois itens do vereador entraram para votação.

O projeto de lei 15.635/2020 foi aprovado por unanimidade, em primeira discussão, instituindo a Semana Educativa da Pipa Legal. Caiana também teve aprovado o requerimento 681/2020, que pergunta ao Executivo se a lei n. 11.067, que restringe o consumo do cachimbo do tipo narguilé, está sendo cumprida em Maringá.

LUTO OFICIAL – O prefeito Ulisses Maia lamentou a morte de seu ex-colega de Câmara em nota nas redes. “Lamentamos profundamente a morte do vereador Chico Caiana, que sofreu um AVC na última segunda (26) e ficou internado no HU. Infelizmente, ele não resistiu. Chico teve uma história de vida dedicada à comunidade. Que Deus possa confortar a todos. O velório será na Câmara Municipal”, escreveu. O prefeito decretou luto oficial por três dias.

(Foto: Marquinhos Oliveira)