Vergonha: Ricardo Barros agora defende o nepotismo
A mais nova do maringaense Ricardo Barros (acima, em pose para o Estadão) é a defesa escancarada do nepotismo. “No momento em que o presidente Jair Bolsonaro faz mudanças no primeiro escalão, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), ressuscitou um tema polêmico e defendeu a contratação de parentes de políticos para cargos públicos. Proibido pelo Supremo Tribunal Federal por violar o princípio constitucional da impessoalidade na administração, o nepotismo vem sendo questionado em várias frentes. Mas, com a vitória de Arthur Lira (Progressistas-AL) para presidir a Câmara, o Centrão ganhou musculatura para pregar mudanças na lei que hoje pune a prática”, diz o texto.
“O poder público poderia estar mais bem servido, eventualmente, com um parente qualificado do que com um não parente desqualificado”, afirmou Barros. “Só porque a pessoa é parente, então, é pior do que outro? O cara não pode ser onerado por ser parente. Se a pessoa está no cargo para o qual tem qualificação profissional, é formada e pode desempenhar bem, qual é o problema?”, completou o líder do governo, que também integra o Centrão, grupo de partidos aliados ao presidente Jair Bolsonaro.
A reoportagem cita que em 2018, a então vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti – mulher de Ricardo Barros –, chamou o cunhado para a equipe ao assumir o governo estadual, diante da renúncia do então governador Beto Richa. À época, Cida nomeou Silvio Barros II (PP), irmão de seu marido, como secretário de Desenvolvimento Urbano.
Ricaordo Barros aumenta a coleção de excentricidades. Teve coragem de defender que você, contribuinte, pagasse a passagem de avião para as mulheres dos deputados irem a Brasília quando estes fizessem aniversário. O homem que tinha uma espécie de sociedade política com o londrinense José Janene votou pela não prisão do colega Daniel Silveira, mantendo uma tradição que incluiu a defesa dos deputados Nelson Meurer, Janene e trabalhou em favor da liberdade do paraibano Wilson Santiago. Sem contar Severino Cavalcanti, Pedro Corrêa (no mensalão) e o voto em Eduardo Cunha. A história do ex-prefeito que terminou o mandato fugindo pela janela terá com certeza vários tomos.