Quem ler a notícia produzida pela Câmara de Maringá sobre a sessão de ontem (aqui) tem a impressão de que existia apenas um projeto que foi votado (e aprovado) em primeira discussão. Na pauta da ordem do dia, porém, aparecem outros três projetos que foram votados em primeira discussão. Estranhamente, não foram citados os resultados de sua votação. Dois foram aprovados – os que denominam o Restaurante Popular da avenida Alziro Zarur, que ainda não concluído, de Mauro Longo, de autoria do vereador Altamir Antonio dos Santos, e o que denomina Irmã Calista o Hospital da Criança, que deveria estar concluído em novembro de 2018, da lavra do vereador Mário Massao Hossokawa.
O informe também esconde a rejeição do projeto de lei ordinária do vereador Flávio Mantovani que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis ou transexuais no âmbito dos poderes Legislativo e Executivo, compreendendo a administração municipal direta, autárquica e fundacional. O direito ao uso do nome social é juridicamente pacificado, mas, apesar disso, o projeto foi rejeitado.
Votaram contra justamente alguns vereadores que usaram nomes sociais junto à Justiça Eleitoral na eleição municipal, como Altamir Antonio dos Santos (Altamir da Lotérica), Cristianne Costa Lauer (Lauer), Alex Chaves (Alex Sandro de Oliveira Chaves), Cristian Marcos Maia da Silva (Maninho), Paulo Henrique Biazon Santos (Biazon), Luiz Claudio da Silva Alves (Delegado Luiz Alves) e Rafael Diego Roza Camacho (Rafael Roza). Já tem quem defenda que eles utilizem o nome completo nas urnas, nas próximas eleições. Votaram com bom senso e de acordo com a legislação federal (decreto 8.727, de abril de 2016) os vereadores Flávio Mantovani, Ana Lúcia Rodrigues, Belino Bravin, Dr. Manoel, Mário Verri e Onivaldo Barris.