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Agosto tem chuvas abaixo da média em várias regiões

Em Maringá, cujo volume médio esperado era 66,1 milímetros, choveu apenas 23,2 mm, uma redução de 64,9%

A forte estiagem que atinge o Paraná, que levou o governo a decretar situação de emergência hídrica em todo o Estado, ainda não dá sinais de tranquilidade. Em agosto, grande parte do Paraná ainda apresentou acumulados de chuva abaixo ou próximo à média para o mês, como mostra o levantamento feito pelo Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a pedido da Agência de Notícias do Paraná, em nove estações meteorológicas do Estado.

Em setores mais ao Norte, Oeste, parte do Centro e no Sul do Estado, o deficit de precipitação foi mais significativo. A maior redução no volume de chuvas foi na região Norte. O acumulado no mês na estação de Londrina foi de apenas 17 milímetros, 71,4% a menos do que a média para agosto, que é de 59,4 milímetros.

Na margem oeste do Estado, que abrange as regiões Oeste, Noroeste e Sudoeste, as precipitações também ficaram abaixo do esperado. A estação de Cascavel teve um acúmulo de 29 milímetros no mês passado, 66,3% a menos que a média histórica de 86,2 milímetros. Na de Maringá, cujo volume médio esperado era 66,1 milímetros, choveu apenas 23,2 milímetros, uma redução de 64,9%.

No Sudoeste, onde a situação para o abastecimento é uma das mais críticas do Estado, o volume foi cerca de 60% abaixo da média. O acumulado na estação de Pato Branco em agosto chegou a 42,4 milímetros, enquanto o volume médio esperado era de 103,6 milímetros. Em Palmas, choveu 42 milímetros, 62,4% abaixo da média para o mês, de 111,8 milímetros. Em União da Vitória, na região Sul, o volume de chuvas foi 57,9% menor que a média histórica de 107,8 milímetros, com o acúmulo de 57,9%.

DEFICIT DE CHUVAS – Mesmo em locais onde o volume de chuvas ficou mais próximo ou acima da média climatológica, as precipitações de agosto ainda não foram suficientes para corrigir o deficit hídrico. É o caso da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e do Litoral. “O volume de chuvas dentro ou acima do esperado nessas regiões não é indicativo de recuperação no deficit hídrico, que não pode ser corrigido com apenas um mês chuvoso”, explica a Lídia Mota, meteorologista do Simepar.

Os 104,4 milímetros acumulados na estação meteorológica de Curitiba em agosto, 26% superior que a média de 82,7 milímetros para o mês, foi importante para não reduzir ainda mais o nível dos reservatórios que abastecem a RMC, mas ainda não dá sinais de estabilidade. O volume médio de água nas barragens subiu pouco mais de dois pontos percentuais em um mês, passando de 49,7% no início de agosto para 51,92% nesta quinta-feira (2), de acordo com o monitoramento da Sanepar.

Também foi registrado aumento no volume de precipitações nas estações de Paranaguá (Litoral), com o acúmulo de 141,6 milímetros, o dobro da média histórica (70,7 milímetros), e de Guarapuava (Centro), onde a chuva acumulada chegou a 118,8 milímetros, pouco mais que o volume médio de 102,8 milímetros.

SETEMBRO – Junto com as flores, a chegada da primavera traz sempre a esperança de mais chuvas. Setembro é um mês de transição entre um período mais seco com a estação chuvosa. Mas a previsão do Simepar ainda é de neutralidade, já que não são observadas oscilações oceânicas que possam impactar no volume de chuvas.

Há sinais de chuvas pouco abaixo da média no Oeste e Sudoeste e de um volume maior de precipitações nas cidades próximas a Santa Catarina. No Estado de modo geral, é possível que o volume fique próximo à média. (AEN)

(Imagem: AEN)

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