Após pressão de grupos, vereadores recuam e rejeitam Conselho Municipal de Direitos LGBTI+ em Maringá

Placar da votação do projeto de lei enviado pelo Executivo

A maioria dos vereadores da Câmara de Maringá, que havia aprovado em primeira votação a criação, composição e estrutura do Conselho Municipal de Direitos LGBTI+, voltou atrás e rejeitou o projeto, enviado pelo Executivo. Grupos contra e a favor se manifestaram e parte acompanhou a votação na galeria. Foram 10 votos a 4.

A reviravolta confirma tese de que existe a figura do “vereador geleia”, que muda de voto a cada pressão. Neste caso, a pressão partiu principalmente de setores ligados a evangélicos e de grupos de direita. Mantiveram o voto somente quatro vereadores: Dr. Manoel (PL), Flávio Mantovani (Rede), Mário Verri (PT) e Professora Ana Lúcia (PDT). Haviam votado contra na primeira e na segunda votação Cris Lauer (PSC), Rafael Roza (Pros) e Sidnei Telles (Avante). Os demais mudaram após a pressão – Altamir da Lotérica (Podemos), Belino Bravin (PSD), Delegado Luiz Alvez (Republicanos), Maninho (PDT), Paulo Biazon (PSL) e Onivaldo Barris (PSL). Alex Chaves (MDB), líder do prefeito, não votou na primeira votação e votou contra hoje. Mário Hossokawa absteve-se nas duas votações.

O Conselho de Direitos LGBT existe em várias cidades do país. Em Maringá, onde a comunidade LGBTI+ cresceu muito nos últimos anos, a maioria dos representantes do povo decidiu que podia, e, depois, que não podia. (Corrigido)

Grupos de manifestantes na avenida Cerro Azul, defronte o Legislativo