Mais um problema na área de obras públicas em Maringá: a empresa que venceu a licitação para fazer a reforma e ampliação o terminal rodoviário abandonou o trabalho, por questões financeiras. O contrato foi homologado em novembro do ano passado. Do valor máximo de R$ 10.841,257,43, a concorrência foi vencida pela Base Construções e Incorporações, de São José (SC), por R$ 8.995.413,39.

O abandono, comunicado esta semana, acontece diante da capacidade financeira da construtora de tocar a obra com o preço combinado; havia compromissos que não vinham sendo cumpridos pela empresa – mais uma que faz isso. Geralmente alegam que é preciso realinhamento de preços, porque durante a pandemia os custos aumentaram com a volta a inflação e o escasseamento de material da área de construção civil.

A reforma da rodoviária foi apresentada como uma das maiores obras deste ano, com prazo de conclusão de 19 meses. O projeto priorizava segurança, conforto, acessibilidade e modernidade. As principais intervenções previam melhorias no fluxo e acessibilidade de todo terminal, climatização, instalação de elevadores, melhorias nas partes elétricas, hidráulicas e logística, adequações e ampliações na prevenção de acidentes e catástrofes, entre outros. 

A reforma interrompida prevê um novo acesso de ônibus pela avenida Tuiuti e uma nova entrada para pedestres pela avenida Centenário, visando a melhorar o fluxo de veículos terminando congestionamento, que acontece hoje com a entrada e saída pela avenida Centenário. A passarela entre calçada da avenida Tuiuti e piso superior da rodoviária será mantida, mas terá adequações. Os banheiros serão reformados e melhorados. 

Também está previsto um novo terminal metropolitano, mudança no sistema na plataforma de embarque e desembarque de passageiros, melhorias nos guichês das companhias, entre outros. Incluindo serviços digitais não existentes hoje, cdmo acesso para plataforma de embarque que será feito por uma catraca eletrônica somente por quem tiver passagem para viajar. O dinheiro para a reforma e ampliação do terminal faz parte de empréstimo feito pelo município junto à Caixa Econômica Federal para execução de 13 obras, totalizando R$ 26,2 milhões. Com a desistência da Base Construções e Incorporações, a Secretaria de Mobilidade Urbana deve anunciar o próximo passo para a continuidade dos trabalhos.