Cassação de Francischini mudaria quadro na Alep
O julgamento do recurso do Ministério Público Eleitoral, que pede a cassação do mandato do deputado estadual Fernando Destito Francischini (PSL), o Delegado Francischini, foi suspenso nesta noite, após pedido de vista e depois que três ministros do TSE já haviam votado em favor do recurso. O parlamentar foi investigado por uso indevido dos meios de comunicação e por abuso de autoridade pela realização de uma live, durante o primeiro turno das eleições de 2018, na qual afirmou, sem provas, que as urnas eletrônicas estavam fraudadas para impedir a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná absolveu Francischini por entender que não há prova de que a sua live tenha tido o alcance necessário para influenciar o resultado do pleito, mas o MPE recorreu ao TSE. Pouco antes da suspensão da votação, outro deputado estadual do PSL, Subtenente Everton, teve seu mandato cassado. Votaram pela cassação do Delegado Francischini e inelegibilidade por 8 anos o relator Luis Felipe Salomão e os ministros Mauro Luiz Campbell Marques e Sérgio Silveira Banhos. O TSE tem sete ministros, e houve pedido de vista do ministro Carlos Horbach. A se confirmar a tendência de cassação, haverá mudança no quociente eleitoral, que cai para 97.328. De acordo com os primeiros cálculos, também perderiam as cadeiras o maringaense Paulo Rogério do Carmo e Emerson Bacil. No lugar dos quatro entrariam Alexandre Guimarães (PSD), Adelino Ribeiro (PRP), Nereu Moura (MDB) e Pedro Paulo Bazana (PV). Não há prazo para o retorno do processo ao pleno do TSE.
(Foto: Alep)