O livro sobre a Zona 7, parte do projeto sobre a memória dos bairros de Maringá, será oficialmente lançado no dia 21, às 20h, no Teatro Calil Haddad. Embora seu nome não apareça na capa, a obra foi praticamente produzida por Jeremias Puliquezi, aposentado da Copel que tornou-se também pintor – em telas que retratam principalmente a antigamente chamada de Vila 7. Todas as ilustrações da capa, aliás, são dele.

“Antes de ser pensado como livro, tudo era uma massa amorfa, formada de memórias, fotografias, poesias, pinturas, recortes de jornais, crônicas, livros e diálogos com os pioneiros. A Zona 7 teve um curso atípico devido ao crescimento impetuoso da cidade, por sua proximidade ao centro e pela chegada da universidade. O bairro nasceu operário, dialogava com o rural e de repente transformou-se em universitário. Esse movimento refletiu em sua vida social e cultural, gerando fatos interessantes, protagonizados por gente valorosa, indivíduos anônimos e até anômalos. (…) A despeito da cidade contar com bons escritores, que possivelmente fariam um trabalho melhor, a tarefa parecia apontar para mim, pelo corolário de tudo o que vivi, guardei e pesquisei. (…) O livro é uma das minhas grandes realizações na vida”, escreveu numa rede social.

Jeremias Puliquezi, que foi amigo de Antero Rocha, cedeu uma de suas obras ao projeto Eu Amo Maringá, um quadro que retrata a matinada defronte o Cine Maringá, onde as pessoas também trocavam gibis.