Vereadora quis votar sem estar no plenário

Na hora da votação havia uma bolsa embaixo da cadeira, mas a vereadora Cris Lauer não estava

Mais uma cena inusitada envolvendo vereadores neófitos aconteceu ao final da sessão de hoje da Câmara de Maringá, protagonizada pelos vereadores Rafael Roza (Pros) e Cris Lauer (PSC). Ambos entraram para a história legislativa em 2021 ao votar contra a ata de uma sessão anterior.

Desta vez, Cristianne Lauer ausentou-se na hora da votação de uma emenda surpressiva e de um projeto de lei (15.936/2021). Depois de a emenda, de autoria da vereadora Ana Lúcia Rodrigues, ter recebido 12 votos, o vereador Rafael Roza pediu ao presidente da sessão que consignasse o voto favorável de Lauer. O presidente disse que isso não é permitido, e seria como se ela houvesse passado sua senha de votação para ele, Roza – ou seja, algo completamente ilegal. O projeto, de Sidnei Telles, também foi aprovado com 12 votos.

O sistema eletrônico com senha foi notícia nacional em 1998, quando o deputado federal José Borba, então líder da bancada paranaense na Câmara Federal, jandaiense que residiu em Maringá, votou no lugar de seu colega Valdomiro Meger, de Maringá. No momento da votação Meger estava na redação do extinto O Diário. O caso tornou conhecida a figura do “pianista”, o parlamentar que votava com a senha de algum colega.