Busto mantido
O busto do ex-vereador Napoleão Moreira da Silva foi mantido na revitalização da praça central que leva seu nome. A administração optou por “modernizar” o projeto do arquiteto José Augusto Belucci (autor da Catedral), e por isso o local – onde funcionou a segunda estação rodoviária e foi um presente da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná ao município – terá outra feição. As muretas originais, feitas com tijolos produzidos pela CMNP na década de 60, foram completamente descartadas.
Natural de Timbó (BA), Napoleão Moreira da Silva chegou a Maringá em 1945, comprou dois terrenos e depois instalou a Casa Napoleão, que vendia de tudo – de arroz a enxadas. Sua filha, Nilza, foi a primeira aluna matriculada em Maringá. Atuante liderança em várias áreas, foi eleito vereador de Mandaguari (1948-1951), cidade da qual Maringá era distrito. Em 1952 foi o mais votado quando o distrito virou município; em 1955 disputou o cargo de deputado, sem sucesso. Morreu em 10 de abril de 1957, aos 50 anos, em acidente aéreo no Morro do Papagaio, na ilha Anchieta, em Ubatuba (SP), quando retornava do Rio de Janeiro, então capital federal. Sua morte causou grande comoção.
O busto de bronze (adquirido numa fundição paulista por 54 amigos de Napoleão) foi inaugurado em maio de 1972 (gestão Adriano Valente), feito pelo escultor e médico Waldemar Prandi, e traz a frase “Revelou-se por seus atos, digno de nossa admiração”. Tornou-se o primeiro político local a ser homenageado com monumento em espaço público, de acordo com o livro “Um monumento da história”, de Antonio Padilha Alonso e Osvaldo Reis, de 2008.
Fotos: JC Cecílio