Carta aberta diz que ataques, pressão e retaliação continuam na Semulher

A situação da Semulher na gestão Terezinha Pereira continua ruim

Uma carta aberta à sociedade maringaense foi divulgada neste início de semana e reiteras as possíveis irregularidades denunciadas (assédio) contra a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Terezinha Pereira, e a superintendente, Eliany Feitoza, feitas em agosto deste ano. A administração informou à época que o caso estava havia sido encaminhado às instâncias administrativas, depois que a Comissão de Enfrentamento à Violência de Gênero da subseção Ordem dos Advogados do Brasil acionou ainda o Gabinete do Prefeito, o Ministério Público, o Conselho da Mulher, o Fórum Maringaense das Mulheres, Delegacia da Mulher, Procuradoria da Mulher e à Secretaria de Governo. Pereira foi empossada presidente do Conselho Municipal da Mulher após as denúncias se tornarem públicas.

Na carta, servidoras e ex-servidores da pasta reiteraram as denúncias, falam em retaliação a servidoras e que desde a posse da superintendência “estamos sofrendo ataques desrespeitosos, ingerências despropositais, por razões deliberadamente perversas e de demonstração de poder”. Veja a íntegra do documento:

CARTA ABERTA A SOCIEDADE MARINGAENSE
Nós, mulheres servidoras, e ex-servidoras, vimos por meio desta, reiterar as
denúncias feitas referentes as situações ocorridas na Secretaria de Política para as Mulheres de Maringá.
Somos mulheres servidoras que atuam no combate à violência contra as
mulheres diariamente, e precisamos ter nossas vozes validadas, nosso
sofrimento acolhido e respeitado.
Colocamos ainda, que a Secretaria é composta por todas nós, servidoras, ela não se resume a uma única pessoa, ou a um único cargo. Tem sido doloroso atuar em um espaço que nos oprime e nos desqualifica.
Desde a posse da superintendência, estamos sofrendo ataques desrespeitosos, ingerências despropositais, por razões deliberadamente perversas e de demonstração de poder.
Levantamos nossas vozes por nós e também pelas mulheres que atendemos, que consequentemente sofrem com as intervenções arbitrarias em nosso trabalho.
Com as denúncias vindo à tona, mesmo tendo se iniciado o processo de
sindicância, as envolvidas permanecem dentro da Secretaria, interferindo no processo investigativo. As servidoras seguem sendo pressionadas, já houve transferência de servidora como retaliação e outras pediram afastamento devido a esgotamento mental resultante das situações vividas no ambiente de trabalho.
Enquanto isso as rotinas seguem normalmente na secretaria e na gestão, como se não existisse algo tão sério acontecendo.
Escrevemos esta carta na esperança de que o nosso pedido de socorro alcance mais pessoas e quem sabe assim consigamos que alguma providência seja tomada, pois vivemos uma situação insustentável!
Servidoras e ex-servidoras da SeMulher