Barros manterá equipe de assessores

O primeiro suplente do PP, Marco Brasil, assumirá no lugar de Ricardo Barros

O deputado federal Ricardo Barros (PP) não terá problemas em acomodar o seu pessoal de assessoria, mesmo deixando de ser parlamentar a partir do ano que vem para assumir a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços da segunda gestão Ratinho Junior. A equipe do ainda líder do presidente Bolsonaro na Câmara permanecerá, a maior parte em Brasília, e outra deverá ser acomodada no governo do estado.

Atualmente Barros tem vinte secretários parlamentares lotados em seu gabinete, mas a maioria deverá ficar na gestão do suplente, o londrinense Marco Brasil. Barros volta ao governo do estado depois de ser denunciado pelo MPPR. Há pouco mais de um ano ele e outras quatro pessoas viraram réus em um processo na Justiça Eleitoral que apura um suposto esquema de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro em contratos da Companhia Paranaense de Energia.

Conforme denunciado pelo Ministério Público do Paraná, o esquema envolveu a compra de duas empresas do setor de energia eólica, as duas da Galvão Engenharia, pela companhia. Os contratos somam quase R$ 200 milhões. Segundo a denúncia, o maringaense Barros teria se utilizado da influência que tinha na diretoria da Copel, por ser secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul no Paraná, no governo Beto Richa (PSDB), para negociar a contratação das empresas, segundo o G1. Richa elegeu-se deputado federal este ano, com pouco mais de 64 mil votos.

Ricardo Barros teria recebido cerca de R$ 5 milhões em propina, e, segundo o site Plural, a negociação teria ocorrido dentro do paço municipal de Maringá (que leva o nome de seu pai, Silvio), durante a administração Carlos Roberto Pupin. Quase R$ 3 milhões da propina teriam sido aplicados na com pra de lotes, segundo o mesmo site.