Os comentários de que o ex-prefeito Silvio Barros II (PP) poderia ser candidato a prefeito em 2024, ao que se sabe, fazem parte de uma estratégia de negociação futura. Foi assim em 2014, quando ele foi definido candidato a governador em convenção do PHS e depois teve que dar lugar à cunhada para que ela fosse vice de Beto Richa (PSDB).
Para deixar a situação mais duvidosa, há semanas ao menos uma pesquisa – sem identificação de quem encomendou e as pagou, e com a ausência de declarados pré-candidatos da lista apresentada aos supostos eleitores – que o coloca na disputa. Se resolver disputar, seria sua quinta eleição para prefeito, já que perdeu duas (1996 e 2016) e venceu outras duas (2004 e 2008).
O próprio pepista, que entrou na política na década de 90, em Manaus (AM), graças ao irmão, não se diz pré-candidato, mas deixa alguns interlocutores na dúvida. A possibilidade chega a animar até servidores públicos municipais que ocuparam cargos de chefia nas gestões do PP. Ele vem da derrota de 2014 e da derrota em 2016, quando o improvável aconteceu. Mas, e se Ulisses tivesse perdido no segundo turno para Silvio Barros II?
Bem, a maioria dos servidores e ex-servidores públicos municipais têm uma certeza: hoje não haveria vale-alimentação, a trimestraliade (milhões devidos na época em que o irmão, ex-prefeito e ex-líder de Bolsonaro) não estaria sendo paga e, ainda só no nível do funcionalismo, a Guarda Municipal não estaria armada.
PS – Sobre a trimestralidade, cujo pagamento começou em setembro de 2021, recorde-se que o possível pré-candidato do PP prometeu ao funcionalismo quitá-la nas campanhas municipais de 2004 e 2008.