‘Rachadinha’ em Guarapuava

Sidão é o acusado; em cidade da região, assessor fica com quase nada

Em Guarapuava, o Ministério Público do Paraná ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o vereador Alessandro Jorge Oreiko, o Sidão (União Brasil), que seria responsável por um esquema de “rachadinha” de vencimentos de servidores. O caso veio à tona a partir da Operação Moeda de Troca, deflagrada pelo MPPR em 2022, por meio do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e da 7ª Promotoria de Justiça da comarca. A mulher e o irmão dele, que teriam participação direta nos ilícitos, também são requeridos na petição inicial.

São apontados na ação nove atos de improbidade administrativa que importaram enriquecimento ilícito dos réus pelo recebimento de vantagens indevidas. Conforme apurado, os três exigiram parte dos vencimentos de duas servidoras públicas que ocupavam cargos comissionados vinculados ao vereador, sob a ameaça de exonerá-las caso não aceitassem a “rachadinha”. Em novembro do ano passado ele chegou a ser afastado por causa da denúncia

Além da condenação por improbidade, o Ministério Público busca, junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, a suspensão do pagamento dos subsídios do vereador, com fundamento em entendimento do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.

Apesar dos casos de rachadinha estarem pipocando em várias cidades, resultado em condenações e perdas de mandato, na região de Maringá circula um caso inusitado. Numa cidade da microrregião uma assessora devolveria ao político com mandato que a indicou para um cargo de comissão nada menos que 90% dos seus vencimentos. (C/ MPPR)

Foto: Câmara de Guarapuava