Repercute o que escreveu Bruno Voloch, o mais respeitado jornalista especializado no vôlei brasileiro, a respeito do jogo ocorrido pela Superliga Feminina em Maringá, quando o time local perdeu por 3 a 1 depois de uma estreia com vitória fora de casa. As críticas às condições do Ginásio Chico Neto acontecem num momento de muitos questionamentos, como a troca do presidente da Amavolei, ocorrida em abril, quando o ex-jogador de futebol Léo Maringá deixou o cargo, substituído pelo londrinense Thiago Munhoz Cabau – e poucos sabem.

A Associação Maringaense de Voleibol, fundada há 23 anos, teve que esperar a Binacional Itaipu chegar como patrocinadora para viver seu “boom” – e ser acusada de fazer “jogo sujo”. Há quem prometa esmiuçar tudo, com o devido rigor, justamente agora que a associação recebeu o maior volume de patrocinadores de todos os tempos. Voloch escreveu em seu blog, sob o título “O comprometimento de Thaisa e o jogo sujo do remendado Maringá – CBV ignora vistoria e coloca em risco integridade física das jogadoras de Minas com piso estufado e iluminação precária”:

“Vergonha é pouco.
Os fatos devidamente registrados pela jogadora Thaisa em Maringá refletem o descaso e a irresponsabilidade da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, com a Superliga.
E olha que esse é considerado o principal produto da Gestão Pinóquio, liderada por Radamés Lattari.
A vistoria do ginásio, que deveria ser obrigatória, foi simplesmente ignorada.
O remendado Chico Neto apresentou problemas no piso estufado e iluminação precária, prejudicando a preparação do Minas para o jogo.
A previsível vitória ficou em segundo plano.
Se não fosse a coragem de Thaisa, os graves incidentes não teriam sido divulgados.
Maringá, ao invés de arrumar justificativas esfarrapadas, deveria admitir o erro e se desculpar publicamente.
Só que o clube segue rigorosamente a cartilha dos times pequenos, ou seja, está no DNA.
Mas tudo tem limite, inclusive a paciência.
E mente vazia enche a paciência.
O tempo irá ensinar ao técnico do inexpressivo Maringá que ficar calado muitas vezes é a melhor forma de se expressar.
Já no caso de Thaisa, a diferença de quem você é e quem você quer ser, é o que você faz.
Comprometimento anda junto com competência e conhecimento.
E a competência é uma maneira de demonstrar confiança e responsabilidade a uma equipe de trabalho.
A personalidade é construída, o caráter é inerente e a falta de ética é uma vergonha.
Sorte do Minas.
Azar da CBV.
Pobre Maringá.
E que venham mais Thaisas.

As reclamações foram feitas antes do jogo (leia aqui), mas teve internauta que defendeu o Maringá. “Desnecessário desmerecer o time do Maringá assim, chamar de time pequeno e inexpressivo!!!! O ginásio tem problemas como vários outros! Já vi jogo de superliga ser interrompido por causa de goteiras enormes e era em SP, de time “expressivo”, mas não lembro de ter visto texto sobre isso!”, escreveu uma internauta.

Foto: Divulgação/Fernando Teramatsu