Dom Jaime será nome do eixo monumental

Projeto que homenageia primeiro bispo e arcebispo deverá ser votado ainda neste semestre

A Câmara Municipal de Maringá deve votar no último ano da atual legislatura o projeto de lei 16.877/2023, encaminhado pelo prefeito Ulisses Maia (PSD) em 23 de outubro do ano passado, dando o nome do arcebispo dom Jaime Luiz Coelho o eixo monumental de Maringá.

O poder público de Maringá perdeu o timing para homenagear o primeiro bispo e arcebispo da cidade, cuja morte completou 10 anos em agosto passado. Cogitou-se, e a comunidade religiosa aprovou, mudar o nome da avenida Rio Branco entre a praça dos Expedicionários e a praça Papa Pio XII, depois do pouco interesse demonstrado com a mudança da avenida Cerro Azul, entre a Catedral de Nossa Senhora da Glória, idealizada por dom Jaime, e a praça de Todos os Santos, na Zona 2.

O projeto de lei encaminhado pelo Executivo dois meses após o 10º aniversário da morte de dom Jaime denomina o quadrilátero compreendido pelo eixo, entre a praça da Catedral e a a Vila Olímpica, sem a necessidade de alteração de outros logradouros. Um outro projeto, apresentado pela vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT) no início de 2022, denominava o eixo com o nome do segundo prefeito de Maringá, Américo Dias Ferraz, mas ela abriu mão através de substitutivo apresentado em dezembro do ano passado. O Ipplam informou ao Legislativo que não existia impedimento e em janeiro o parecer jurídico da Câmara de Maringá deu o ok, fazendo a ressalva da apresentação da certidão de óbito e a biografia de dom Jaime – responsável, entre muitas outras coisas, por vários projetos sociais, pelo primeiro canal de televisão da cidade e pela criação da Universidade Estadual de Maringá.

Américo Dias – iniciativa do vereador Antenor Sanches, presidente da Associação dos Pioneiros – , conhecido pela construção das primeiras praças centrais da cidade, dava nome à estação rodoviária municipal derrubada há 14 anos pelo então prefeito Silvio Barros II (PP), é o único prefeito falecido de Maringá que não dá nome a nenhum bem público.