Documento diz que Justiça Eleitoral fará nova totalização de votos em 1º de abril

Edital encaminhado por WhatsApp diz que serão anulados votos obtidos pelo PL para a eleição de vereador

A Justiça Eleitoral de Maringá vai fazer a retotalização dos votos para vereador das eleições municipais de 2020, de acordo com edital publicado pela 192ª Zona Eleitoral, comunicando os partidos políticos/federações, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil. O juiz Nicola Frascati Junior tornou público o processo de nova totalização de votos para o cargo de vereador do município, mediante sistema Sistot, com a emissão de novos relatórios de apuração final das eleições de 2020, tendo em vista cumprimento da decisão do agravo em recurso especial eleitoral comunicada pelo processo PAD nº 5441/2024.

O processo citado determinou a cassação do mandato dos candidatos vinculados ao Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários do Diretório Municipal do Partido Liberal de Maringá nas eleições de 2020; a anulação da votação obtida pelo partido recorrido na eleição proporcional, com a retotalização dos quocientes eleitoral e partidário; e o cumprimento imediato da decisão, independente de publicação do acórdão, nos termos do voto da relatora.

A nova totalização está marcada para o dia 1º de abril, às 14h, na sede do Fórum Eleitoral, na avenida Gastão Vidigal. O edital, que circulou em grupos de WhatsApp, foi assinado digitalmente pelo chefe do cartório da 192ª ZE, Eli Cezar Ribeiro, às 16h11 de hoje. Por conta da data (1º de abril) houve quem levantasse a hipótese de o edital ser uma brincadeira.

O Partido Liberal elegeu em 2020 o vereador Dr. Manoel Álvares Sobrinho. O presidente do PL, deputado estadual Delegado Jacovós, lembrou que em 2020 o partido tinha outra executiva municipal e disse não ter detalhes do processo que levou à decisão em primeira instância, que eventualmente, após recurso, pode resultar em mudança na composição do Legislativo. Se não couber recurso, assumiria a vaga o ex-vereador e procurador municipal Jean Marques, autor do processo.

“Estou tranquilo” – O Dr. Manoel, que perderia a vaga, informou que ficou sabendo da informação no final da tarde e que está tranquilo. Ele pretende recorrer, uma vez que a alegação feita na época em que houve o ajuizamento da ação eleitoral o PL explicou o que havia ocorrido em relação a uma pré-candidata a vereadora, que durante a campanha ficou doente e submeteu-se a cirurgia. (Atualizado)