‘Menino da porteira’ segue correndo de um lado para outro


Figura local, com currículo anabolizado por seguidos cargos comissionados e alguma robustez acadêmica, leva o apelido por realizar o ato singelo a mando de senhor do engenho, a quem reverencia com o curvar da coluna e beija-mão
Teddy Vieira conta que a letra foi inspirada num personagem real, visto lá pelas bandas de Ouro Fino, nas Minas Gerais, que originou a música ‘Menino da Porteira’, composta por ele e Luiz Raimundo, e gravada pela primeira vez em 1955 pela dupla Luizinho e Limeira. O menino tinha uma função bem simples: abrir porteira.
Consta que figura local, com currículo anabolizado por seguidos cargos comissionados e alguma robustez acadêmica, leva o apelido de ‘Menino da Porteira’, por realizar o ato singelo a mando de senhor do engenho, a quem reverencia com o curvar da coluna e beija-mão. Aliás, o séquito é grande e mantido a feno michiguense.
Mas o menino, com o atrevimento avalizado pelo latifundiário, transita entre partidos que integram o latifúndio, oferecendo seus préstimos segundo uma tabela de preço que remete às categorias ouro, prata e bronze. O pacote inclui pesquisa, assessoria jurídica e estratégia política. O cliente escolhe a cor do metal segundo o bolso.
O “Menino da Porteira’, sujeito à biometria para o cumprimento de expediente como comissionado em repartição pública, ignora a exigência para cumprir jornada privada, de vendedor de pacote político para candidatos que transitam na órbita gravitacional do patrão. E vende para os dois lados, até que, descoberto, tenta se explicar.
Em município da região, pré-candidato que cravou pacote premium, com todos os serviços, descobriu que o ‘Menino da Porteira’ também jogava com o adversário, mediando e rentabilizando informações trocadas pelos dois lados em caráter sigiloso.
Arte s/ foto reprodução/Antoinio Roberto de Paula/Facebook