Candidato a prefeito da região é conhecido como ‘Deus me livre’

Há quem esteja sofrendo de ansiedade e alguns casos de já exigiram intervenção médica. Consta que até o prefeito sofreu desgaste psicológico e precisou de apoio hospitalar

– Deixa eu sentir como é?, perguntou o vereador, referindo-se a cadeira do prefeito, a quem está na disputa para suceder. Acomodou seu corpanzil na poltrona a e reclamou:

– Um pouco desconfortável. Vou trocar, disse, confiante que as urnas vão consagrar sua pretensão, apesar das pesquisas indicarem exatamente o contrário.

O vereador, também presidente da Câmara, alcançou tal projeção na gestão que só ainda não assina as exonerações, mas indica o pescoço para o golpe da guilhotina.

Exerce tamanho domínio que nem os comissionados mais próximos do prefeito, fiéis a toda prova e profissionais qualificados, escapam do facão. O clima tenso já fez muitas vítimas.

Não só no diário oficial, onde todos os dias a lista de exonerados é notícia e causa surpresa, além de crítica ao prefeito e ao vereador, cuja rejeição só cresce com esse método.

Há quem esteja sofrendo de ansiedade e alguns casos de já exigiram intervenção médica. Consta que até o prefeito sofreu desgaste psicológico e precisou de apoio hospitalar.

Não se sabe exatamente por que o prefeito se submete tanto aos caprichos do vereador, atendendo todas suas exigências numa relação de total subserviência.

O apoio do vereador, sempre fiel na defesa dos interesses do Executivo, até mesmo na resistência às tentativas de cravar inúmeras CPIs, seria justificativa recorrente.

No entanto, não parece razoável a explicação para tanto poder exercido pelo pré-candidato sobre a atual gestão, abrindo leque de especulações sobre relações nada republicanas.

Em função dessa e de tantas outras situações que amparam a crescente rejeição, o candidato já ganhou um apelido: Deus me livre, expressão dita quando se ouve seu nome.