Desculpa por suposta paródia

“Nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso”, disse a porta-voz dos jogos de Paris, Anne Descamps; diretor da cerimônia de abertura insistiu que a inspiração foi ‘Festim dos Deuses’ de Jan Harmensz (1635

A organização da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris pediu desculpas pela suposta paródia de “A Última Ceia”. O momento, com presença de artistas, dançarinos e drag queens, foi alvo de repúdio. A Igreja Católica da França, por exemplo, chegou a dizer que a cerimônia “incluiu cenas de zombaria ao Cristianismo”.

Durante entrevista coletiva no domingo, uma porta-voz dos jogos de Paris, Anne Descamps, foi questionada sobre o episódio e disse o seguinte: “Nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, acho que tentamos celebrar a comunidade, a tolerância. Acreditamos que essa intenção foi alcançada. Se alguém se sentiu ofendido, é claro que lamentamos muito.”

Em uma entrevista anterior, o diretor da cerimônia de abertura, Thomas Jolly, chegou a dizer que “A Última Ceia” não foi a inspiração para a construção da cena. “Dionísio vem à mesa porque ele é o deus grego da celebração e essa sequência é chamada de ‘festival’”, disse ele. A inspiração foi ‘Festim dos Deuses’ de Jan Harmensz (1635), em que a personagem ao centro não representa Cristo, mas Apolo, e o “homem azul” Baco.

Jolly explicou, ainda, que a intenção não foi zombar de alguém: “O deus do vinho, que também é uma joia francesa e pai de Sequana, a deusa ligada ao rio Sena. A ideia era criar uma grande festa pagã ligada ao deus do Olimpo, e vocês nunca encontrarão em mim, nem no meu trabalho, qualquer desejo de zombar de alguém. (C/ informações do site Metrópoles)