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Com 1/4 de mandato, Sergio Moro acena em deixar o cargo de senador da República

Assessores e simpatizantes do senador Sergio Moro (União Brasil), que conseguiu a proeza de não deixar o partido ao qual é filiado lançar candidato a prefeito ou a vice-prefeito, comemoram os números de uma pesquisa divulgada esta semana, que o mostram bem para 2026, na disputa pelo Palácio Iguaçu.

Os mais sábios entenderão o recado que o levantamento quer passar, mas suscita algo que deveria passar pela tão aguardada reforma política: o político profissional deixar o cargo para o qual foi eleito para disputar eleição para outro cargo é justo?

A gente já cansou de ver deputados federais (veja o caso de Ricardo Barros, que se auto nomeou secretário de Indústria, Comércio e Serviços, deixando o mandato na Câmara Federal para um londrinense) e vereadores que deixaram o mandato no início ou no meio para assumir cargos diversos, eletivos ou não.

No caso de Sergio Moro, que ainda não demonstrou tino político, a coisa é um pouco pior: com 8 anos de mandato, 6 pela frente, ele já se lançou pré-candidato ao governo. Ou seja, com 1/4 de mandato exercido já admite deixar a missão para a qual foi escolhido em 2022.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado