Nova operação policial contra empresa de criptomoedas de Paranavaí

Empresa, que patrocina time de futebol de Maringá e tem vaga em camarote vip do Estádio Willie Davids, foi alvo da Operação Metaverso e agora da Polícia Civil de Santa Catarina; Onil emite nota em que diz que opera de forma legal

A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Defraudações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, com apoio das polícias civis de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, deflagrou hoje a operação “Cripto Farsa” e cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, visando esclarecer golpe de falso investimento em criptomoedas, conforme o site da PC. A investigação é sobre a Onil, de Paranavaí, patrocinadora do Maringá Futebol Clube.

A investigação iniciou após o registro do boletim de ocorrência feito por uma idosa na cidade de Lages, a qual investiu R$ 90mil na compra de bitcoins, não recebendo o lucro prometido e ainda perdendo o valor inicialmente investido.

Durante as investigações verificou-se que os investigados movimentaram mais de R$ 900 milhões nos últimos anos. Além das vítimas de Santa Catarina, restou apurado que os investigados também são responsáveis por diversas vítimas em outros estados.

Foram apreendidos aparelhos eletrônicos e diversos documentos, que serão analisados para a continuidade das investigações e identificação dos demais envolvidos. Participaram da operação policiais civis de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ao Diário do Noroeste, de Paranavaí, a defesa da Onil, que já havia sido alvo de operação da Operação Metaverso da Polícia Federal em dezembro de 2022, divulgou nota em que diz: “A empresa investigada atua no ramo de comercialização de ativos digitais (compra e venda), no presente caso, em que pese não ter sido liberado acesso integral aos autos de inquérito policial, a vítima indicada que alega ter perdido R$ 76.914,31, certamente é vítima de uma empresa que atuava no seguimento de locação de criptomoedas – que até o momento não tivemos acesso ao nome -, e não da nossa empresa, essa por sua vez, possivelmente recebeu o valor em conta corrente para a compra do ativo digital e o enviou a wallet indicada por ela.

Nossa operação é perfeita e legal, não ficamos com valores da vítima, apenas vendemos um produto que foi entregue à empresa que ela indicou, inclusive sem qualquer relação conosco e, essa por sua vez, segundo informações obtidas, fez apenas alguns pagamentos mensais à vítima, se apropriando do ativo alocado.”