Que Geppeto não nos ouça

A fama de omitir a verdade sobre a história maringaense vai grudando num certo candidato

De Messias Mendes, em seu blog:

Impressionante a facilidade que Silvio Barros II tem assumir, com incrível cinismo, a paternidade de obras estruturantes que foram realizadas em Maringá por vários prefeitos. O Novo Centro, por exemplo, começou com o pai dele no início dos anos 1970, criando o Transbordo de Itaipu, passo inicial para a retirada do pátio de manobras do centro da cidade. Mas o guizo no pescoço do gato foi amarrado mesmo por Said Ferreira, com o Projeto Ágora. Vi a maquete do projeto original do Novo Centro feito por ninguém menos que Oscar Niemeyer. Previa entre as avenidas Herval e Duque de Caxias três torres espelhadas e um jardim do Burle Marx.

Ricardo Barros sucedeu Said e alterou todo o projeto, transformando o trecho da avenida Paraná à São Paulo numa verdadeira favela hi tech. Said voltou quatro anos depois, mas a cagada já estava feita. Jairo Gianoto, que teve sua gestão marcada pelo maior esquema de corrupção da história de Maringá, fez o viaduto da Paraná, deixando ali uma elevação esquisita, um murundu como se diz na minha terra. O local ficou conhecido como “Viaduto Carla Perez”, que foi depois corrigido pela gestão Zé Claudio-João Ivo, que iniciou, na verdade, a execução da avenida, que o saudoso Zé deu o nome de Horácio Raccanello. Mas nessa campanha, Silvio, que foi prefeito duas vezes, diz que a avenida Horácio Raccanello foi ele que fez. Olha, Pinóquio ficaria com inveja dele. Que Geppetto não nos ouça.