A cidade das operações policiais
‘Capital Nacional dos Lókis’, Maringá também se destaca em número de envolvidos em operações policiais por corrupção e lavagem de dinheiro
Em apenas 8 dias maringaenses foram alvos de operações policiais, mantendo uma tradição que chega mais a supostos empresários e muito menos ao mundo político.
Na quarta-feira, 30, no âmbito das operações Noturno, Pêndulo e Dolus, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado cumpriu mandados conta suspeitos de envolvimento em crimes de homicídio e corrupção relacionados a um líder de uma facção criminosa voltada ao tráfico de drogas e outros crimes no estado do Paraná e Santa Catarina. Um policial penal e um delegado da Polícia Civil de Maringá foram alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos na residência e no local de trabalho. Ao todo foram 17 mandados, expedidos pelas 4ª e da 5ª Vara Criminal de Curitiba e da 2ª Vara Criminal de São José Pinhais.
Na terça-feira, 5, foram mais 6 mandados da Operação Compressor cumpridos em Maringá, conduzida pela Polícia Federal e Receita Federal. Os alvos são servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Paraná; há alguns anos operação semelhante foi realizada também em Maringá, envolvendo o mesmo Dnit, e possivelmente há relação com a ex-superintendência, visto que o esquema funcionava havia mais de 10 anos, com fraudes em contratações de obras públicas, visando o superfaturmento e o desvio de verbas, além de corrupção e lavagem de dinheiro. Nenhum nome dos seis envolvidos foi divulgado.
Ontem, foi a Operação Touro Negro, em que a Polícia Civil fizeram busca e preensão contra dois empresários de Maringá. Eles montavam lojas virtuais, vendiam produtos e não entregavam aos consumidores, repetindo esquema que já envolveu outras extintas empresas sediadas em Maringá.
De acordo com a polícia, um dos empresários foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, pagou fiança de R$ 10 mil e foi liberado. A investigação teve início em 2020; o site falso de e-commerce de venda de eletrônicos lesou lesou milhares de pessoas. A organização criou outras empresas, entre elas casas lotéricas e restaurantes (alguns, badalados e frequentados pela alta sociedade), sempre usando laranjas, para a lavagem de dinheiro, cerca de R$ 20 milhões. O golpe vinha de muitos anos, inclusive utilizando empresas de São Paulo. Os donos posavam com carros de luxo.
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