Enquanto isso, na UEM…


…seguem as nomeações em cargos confiança de pessoas não ligadas à instituição, contrariando promessa de campanha
Na sexta-feira 13 vai fazer um mês de mais uma nomeação polêmica na Universidade Estadual de Maringá. Em 13 de novembro foi nomeado como “Assessor Especial Externo para atuação na gestão de projetos na área de pesquisa, extensão e inovação em interlocução com a sociedade civil organizada” (Portaria 1150/2024-GRE), o publicitário Lúcio Olivo Rosas que já passou por outros cargos de assessoria dentro da política maringaense, como por exemplo, secretário de Comunicação da Prefeitura de Maringá, entre julho de 2021 a abril de 2023, na gestão do prefeito Ulisses Maia. Além disso, o novo assessor também tem vínculos com universidades privadas, como por exemplo, a UniCesumar e a Unipar, onde já teve cargos estratégicos e foi professor.
É motivo de estranheza a UEM nomear assessores que não tenham nenhum vínculo institucional com a universidade, ainda mais num cargo que irá atuar na gestão de projetos, sendo que boa parte da sua experiência seria com universidades privadas. Seria mais uma estratégia de privatização, que parece está em curso, da UEM? Está claro que a nomeação segue em decorrência das articulações políticas do atual reitor da UEM, que, informação vinda de dentro da instituição, nutre vínculos que não são muito bem-vistas pela comunidade universitária.
É importante lembrar que o reitor Leandro Vanalli e a vice-reitora Gisele Mendes de Carvalho se elegeram com o lema de “Coragem para Mudar” e o espírito da campanha era de ser uma gestão combativa e independente do Governo do Estado e da velha política marqueteira que se apresenta em diversos âmbitos. Porém, desde sua entrada, a reitoria coleciona fotos, flashes e outros contatos que contrariam aquilo que foi dito em campanha.
Nesse tempo, o reitor teve sua esposa nomeada para a Casa Civil; foi flagrado e fotografado em vários momentos com Ricardo e Silvio Barros II (ambos do PP), chegando a ser cotado para candidato a vice-prefeito de Maringá, sem dizer nas aproximações com o ex-presidente do PSDB Wilson Matos e com liderança do União Brasil, dentre outros, que são constantemente questionados pelo modo como entendem a Universidade.
A nomeação de publicitário vai ao encontro de outras nomeações que tem ocorrido para criar uma imagem política do reitor. Neste mesmo sentido, o reitor também nomeou uma para ser “Assessora Especial Externa para atuar na área de psicologia organizacional” (707/2023-GRE) uma pessoa que não atua na área dentro da universidade. Tão pouco faz parte do Departamento de Psicologia. É uma outra assessora externa que serviu nomes políticos, como o secretário de Saúde Beto Preto e o prefeito Ulisses Maia. A referida assessora atua como “fotógrafa particular do reitor”, o acompanhando em viagens e eventos.
Tudo isso com o dinheiro público e numa prática que, em campanha, afirmaram que não iria ocorrer e seria combatida: a nomeação de assessores.
Em tempo: a portaria de nomeação traz que o novo assessor receberá o valor de Direção Acadêmica 3 (DA), cujo valor é de R$ 3.072,45, além disso, de acordo com a recente lei, assessorem sem vínculo também tem direito a auxílio alimentação no valor de R$ 834,00.