Surge uma suspeita na petição em que vereadores do Novo pedem nova eleição da mesa diretora para tentar poupar o prefeito
Trecho da petição protocolizada anteontem pela direção estadual do Partido Verde e pelos vereadores Cris Lauer e Daniel Malvezzi contra os demais 21 vereadores da Câmara de Maringá é intrigante.
Diz o trecho: “que, diante da presença dos requisitos autorizadores da concessão da tutela de urgência, seja concedida liminarmente e inaudita altera parte a segurança pleiteada, para: b.1) que seja declarada nula a eleição da Mesa Diretora, das Comissões e do Conselho De Ética da Câmara Municipal de Maringá, devendo-se: (i) ser providenciada nova eleição na próxima sessão da Casa de Leis local, sem os vícios apontados no presente mandado de segurança, atendendo ao ordenamento jurídico e ao RI-CM em vigor; e (ii) serem declarados nulos todos os atos posteriores às composições realizadas em 02.01.2025, praticados pela Mesa Diretora, Comissões e Conselho De Ética então eleitos de maneira irregular”.
Ou seja, a ação pede a nulidade da eleição da mesa diretora e consequentemente de seus atos. Um dos primeiros atos foi dar posse ao prefeito eleito, logo após a eleição dos integrantes da mesa. O “serem declarados nulos todos os atos posteriores às composições realizadas em 02.01.2025” é que chama a atenção, inclusive de vereadores aliados. A mesa estava regular no dia 1º de janeiro, mas no dia seguinte, do nada, tornou-se irregular e por isso deve ser alterada?
Há quem acredite que o texto sugere a existência de um acordo, proposital ou não, para poupar o prefeito Silvio Barros II (PP), embora do ponto de vista jurídico seja uma aberração imaginar que uma mesa é regular num dia e irregular no dia seguinte.
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