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Tapete voador e intrigas palacianas no reino do faz de conta

O reino se consumia em problemas e os súditos reclamavam a presença do seu rei, perdido entre cores vibrantes e contatos com outras majestades

Junto com o trono herdado veio um tapete voador. Ansiava mais o mimo do que a coroa. Agora poderia voar pelo mundo e olhar de cima com soberba, virtude também recebida da família, cujos domínios se estendiam por diversas partes do reino, onde exerciam o poder com notória arrogância.

Logo nos primeiros dias de reinado se acomodou no tapete e voou para longe, acompanhado de membros da aristocracia. O destino não poderia ser outro senão as terras dos seus ancestrais, reverenciado pelo turista com a submissão dos vassalos, contraditório para um monarca. De terras distantes, mandava notícias.

O reino se consumia em problemas e os súditos reclamavam a presença do seu rei, perdido entre cores vibrantes e contatos com outras majestades a pretexto de atraí-los seus tesouros para seu reino. Deslumbrado, se esquecia de suas promessas e voava. Em cada canto, mais surpresas, promessas. E o reino…

A distância do rei alimentava o ti-ti-ti nos corredores palacianos, onde os cochichos já cravavam flertes e romances entre escalas distintas da hierarquia, numa alquimia social não desejada ou recomendada pelo protocolo real. Quando pousar seu tapete, depois di périplo por terras além mar, o reino estará ainda mais alvoroçado.

Não só pelo problemas que recorrentes que os súditos sonhavam em ver enfrentados e resolvidos, mas pela intrigas palacianas que exigirão atenção e alguma engenharia política, pois não é somente a mistura de castas que estimula a alcova. Flertes entre membros opostos da corte pedem movimentos sutis.

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