Enfermagem pode entrar em greve

Administração municipal pode enfrentar primeira paralisação, após negar à categoria as 30 horas prometidas durante a campanha eleitoral

A escala 12×36 está instituída na enfermagem da rede pública de saúde de Maringá, de acordo com informação do secretário Antônio Carlos Nardi, ontem à noite, na primeira reunião do ano do Conselho Municipal de Saúde. A decisão pode levar a administração municipal a enfrentar a primeira greve no funcionalismo.

A carga de 30 horas foi prometida na campanha eleitoral de 2024 por Silvio Barros II (PP) – confira abaixo – e agora começa a mobilização na categoria, que ficou impressionada com a forma irredutível com a qual o secretário tratou do assunto, que ele considera encerrado. “12 por 36 é a escala de trabalho dos serviços 24 horas do município de Maringá (…). Isso está definido, não está claro, isto é definição”, disse Nardi, que revelou ter ocorrido uma reunião do prefeito Silvio Barros II para se apresentar a todos os promotores de justiça. O encontro com os promotores foi realizado na Acim.

Todos os procedimentos legais, com convocação de assembleia e orientação do Conselho Regional de Enfermagem começam a ser tomados. Manifestações, como passeatas, e a deflagração de greve não estão descartadas. Depois de se dirigir a um representante da categoria (“Você sabe o meu nome, eu não sei o seu nome”), secretário de saúde disse que vai tratar “do que é justo, do que é juridicamente legal e da inconsistência de orçamento financeiro para a permanência deste processo”. Nardi também contou que visitou o Zona Norte e encontrou funcionário dormindo antes das 16h.

Ontem, enfermeiros e técnicos de enfermagem marcaram presença na Câmara Municipal também protestaram contra mudanças como o fechamento da ala de pediatria no Hospital Municipal de Maringá, anunciada pela administração. A maior greve no funcionalismo local ocorreu em 2006, na primeira gestão Barros II.

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