Mais um projeto folclórico

Vereadora propõe que população pague um salário mínimo aos presidentes de associações de bairro
Mais um projeto bizarro de autoria da vereadora Giselli Bianchini (PP) tramita na Câmara de Maringá. Desta vez, ela propõe que os contribuintes maringaenses paguem o equivalente a um salário mínimo todos os meses para todos os presidentes de associações de bairro da cidade.
O projeto institui “a gratificação mensal para os presidentes de bairro que atuam
diretamente na administração e manutenção de salões comunitários”. Para receber basta o presidente da entidade ser o responsável formal pela administração do salão comunitário, o que é praxe nos estatutos das associações – algumas filiadas à Feabam (Federação das Associações de Bairros de Maringá), ligada ao PP. O presidente tem que apresentar um relatório trimestral comprovando resolução de, no mínimo, 70% das demandas comunitárias encaminhadas à administração pública ou entidades privadas, realização de, no mínimo, uma reunião comunitária por trimestre, com registro de frequência e temas discutidos, participação ativa em eventos e ações promovidas no salão comunitário, garantindo engajamento da comunidade local e pesquisa anual com índice mínimo de 80% de satisfação dos moradores sobre a gestão do salão comunitário. Houve um tempo em que as demandas da população era encaminhada à administração municipal por… vereadores.
O novo projeto bizarro, protocolizado no início de fevereiro, não informa de onde sairá o dinheiro para os presidentes das associações e que as “despesas decorrentes da execução da presente lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário”. A ideia não é nova: um folclórico ex-vereador de Londrina apresentou proposta semelhantes, que, obviamente, não passou sequer pela Comissão de Constituição e Justiça.