Prefeito quer diminuir número de cadastros únicos para reduzir pobreza, mas material apresentado na Secretaria de Assistência Social refere-se de forma inapropriada a moradores em situação de rua
Material apresentado na reunião de ontem entre o prefeito de Maringá, Silvio Barros II (PP), e servidores da Secretaria de Assistência Social, Políticas sobre Drogas e Pessoa Idosa, fez uma citação que contraria a lógica, inclusive a recomendação da Defensoria Pública do Paraná . Um dos slides mostrados referia-se ao problema de “moradores de rua“.
A DPP frisa que o termo apropriado para se referir às pessoas nesta condição é “pessoas em situação de rua”. A expressão “morador de rua” remete a uma característica definitiva, pois estar na rua não é uma condição definitiva. Trata-se, portanto, de abordagem inadequada, uma vez que todos os especialistas no tema consideram a transitoriedade do fato. Alguém precisa avisar o chefe do Executivo que não soa nada bom este tipo de expressão.
O prefeito também confirmou que quer reduzir a quantidade de cadastros únicos, para alcançar índice zero de pessoas em situação de pobreza. Seria algo inigualável, pois teria que existir atendimento pleno das demandas de habitação, saúde, habitação, trabalho etc.
Ele sinalizou que as equipes da SAS devem ter profissionais qualificados para gestão, e que não adianta convocar aprovados em concurso público que não possuem o perfil adequado para a função. Também mostrou-se interessado na orientação de usuários dos centros de referência de assistência social (Cras), serviço público que oferece apoio a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, para que adotem “novas profissões”, atendendo exigências do mercado de trabalho.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
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