Cerca de 80 cadeiras que estavam colocadas irregularmente no terminal urbano foram retiradas, a pedido do MP, para desobstruir piso táctil; prefeitura estuda uma forma de atender usuários, que agora ficam em pé aguardando ônibus

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Maringá está estudando uma forma de resolver uma situação surgida com o cumprimento de uma recomendação do Ministério Público Estadual, que foi feita na gestão passada. Na semana passada, no terminal urbano de Maringá, foram retiradas cerca de 80 cadeiras que atendiam usuários do sistema de transporte coletivo, do lado da avenida Tamandaré.

A recomendação do MP foi por conta de que as cadeiras impediam pessoas com deficiência visual de transitar sobre o piso táctil, o que afronta a legislação. Agora a Semob atendeu a Promotoria e retirou os assentos. Agora, a pasta estuda uma forma de colocar novos assentos em locais que não obstruam o direito de ir e vir das pessoas com deficiência e ofereçam segurança e conforto aos usuários.

Com a retirada das cadeiras, muitas pessoas, inclusive idosos, ficam muito tempo de pé, aguardando os ônibus. Uma usuária lamentou que, ao fazer o terminal – que chegou a gerar uma CPI na Câmara Municipal – o poder público não tenha se atentado para algo tão simples e importante. Não é a primeira vez que o terminal apresenta problemas; o piso do local também gerou cobrança sobre a construtora, pois se soltavam facilmente.

O secretário Luiz Carlos Alves ressaltou que o piso táctil não pode ser obstruído e que a recomendação poderia ter sido atendida antes. Ele disse que a Semob estuda uma forma de evitar o desconforto dos usuários que ficam em pé nas filas.