O anunciado Centro de Pesquisa e Excelência em Doenças Raras agora é um modesto ambulatório onde cabem políticos da cidade

Nos primórdios do Hospital da Criança de Maringá, ainda um ambicioso projeto cercado de perguntas e respostas pouco convincentes, anunciou-se que a instituição contaria com um Centro de Pesquisa e Excelência em Doenças Raras.

Nome pomposo para reforçar a grandiosidade do hospital e mais ainda sua gloriosa missão de atender crianças de 115 municípios, com sobra para acomodar pacientes de outros estados imediatamente mais próximos, como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Ao longo dos anos, o perfil inicialmente anunciado se redesenhou para ganhar outros contornos, bem diferente do anunciado. A imagem mais ilustrativa dessa transformação foi divulgada pela gestão municipal há poucos dias.

Ao anunciar a inauguração do Ambulatório de Genética Médica e Doenças Raras, o fotógrafo espremeu os personagens dentro de uma sala acanhada, onde de sobressai uma modesta maca e um biombo de troca de roupa.

Então, para contextualizar: o que era um moderno centro de pesquisa, com pretensão de desenvolver investigação de excelência em doenças raras, agora se transformou num singelo e discreto ambulatório. E assim segue o hospital, ainda longe do discurso inicial.

Foto: Divulgação/PMM