Não deu certo

Ativista Maria da Penha deveria ser uma das palestrantes da Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, que começa amanhã em Maringá; saiba porque não será

A farmacêutica e ativista dos direitos das mulheres Maria da Penha Maia Fernandes, que tem uma lei com seu nome após lutar para que seu agressor fosse condenado por violência doméstica, chegou a ser convidada para participar da VII Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, em Maringá, que acontecerá sexta e sábado na Fundação Luzamor. O orçamento para a palestra dela no evento foi de R$ 25 mil; o valor da opção de uma palestrante do Instituto Maria da Penha, que tem sede em Fortaleza (CE), custaria R$ 5 mil, mas ambos foram rejeitados.

De acordo com a ata da 11ª reunião extraordinária do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Maringá, realizada no dia 2, de modo online, a rejeição deu-se não pelo valor orçado mas pelo fato de que ambas opções ocorreriam na modalidade virtual, e não presencial.

A conferência será realizada pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres com o objetivo de fortalecer e ampliar as políticas públicas voltadas à promoção dos direitos das mulheres. De acordo com a prefeitura, a iniciativa considera as múltiplas territorialidades e a diversidade das mulheres maringaenses para formulação, avaliação e controle social das políticas públicas para as mulheres.

Durante o evento, ocorrerão apresentações culturais, palestras, grupos de discussão e plenárias, que abordarão cinco eixos: democracia, participação e governança das mulheres na política e nos espaços de poder; trabalho, equidade salarial e autonomia econômica; territórios livres de violência e qualificação das redes de atendimento e enfrentamento às violências contra mulheres; direito ao território e sustentabilidade; e educação não sexista e cultura para igualdade.

Foto: Reprodução/Instituto Maria da Penha