Prefeito foi à Alemanha para ver o Natal. Mas… cadê o Natal de Maringá?

Cinco meses depois da viagem, a cidade ainda não sabe se terá Natal

Em fevereiro deste ano, o prefeito de Maringá, Silvio Barros II (PP), desembarcou na Europa com uma missão nobre: buscar referências para o Natal. Pelo menos é o que dizia a justificativa oficial enviada à Câmara Municipal, que autorizou a viagem com base no suposto interesse público. Foram R$ 27.270,00 pagos em diárias, segundo nota de empenho nº 4074/2025, disponibilizados um dia antes do embarque, no valor de R$ 2.727 por dia — o suficiente para bancar hospedagem e refeições dignas de um diplomata europeu.

O roteiro, divulgado à imprensa, incluía Frankfurt (Alemanha), onde o prefeito teria visitado uma Feira de Natal “reconhecida mundialmente pelas mais modernas propostas de decoração de ambientes públicos”. Em seguida, passou por Lisboa e Leiria, cidade-irmã de Maringá, com a promessa de “reativar convênios” e até trazer um Festival Medieval para cá.

Até aí, tudo muito bonito. Mas, cinco meses depois da viagem, Maringá ainda não sabe se terá Natal.

Julho chegou, o segundo semestre já começou, e nenhuma informação oficial foi divulgada sobre as futuras decorações natalinas da cidade — nem sobre o suposto “Festival Medieval” que viria de Leiria, nem tampouco sobre as tais “modernas propostas de decoração” vistas na Alemanha.

Quem percorre os canais da Prefeitura encontra apenas o silêncio. Não há edital, cronograma, consulta pública ou sequer sinalização do que se planeja. As perguntas que ficam são inevitáveis:
• O que exatamente o prefeito viu na Europa sobre Natal?
• Que resultados práticos aquela viagem trouxe para a cidade até agora?
• Teremos novidades ou mais do mesmo?
• E principalmente: teremos Natal?

A cidade que nos últimos anos se acostumou com a Maringá Encantada, a ver ruas iluminadas, atrações temáticas e vilas natalinas movimentadas, agora vive em compasso de espera. Enquanto isso, R$ 27 mil já foram gastos. E o retorno? Ainda não chegou. Faltará o encanto?

Quem sabe, com sorte, a resposta esteja vindo de navio. Ou talvez na próxima viagem.