A novela dos uniformes

O protagonista da bagunça da compra dos uniformes tem saído ileso, como se fosse um figurante perdido na cena

Parece que a atual gestão resolveu participar de um reality show silencioso: “Arrumando a Casa sem Reclamar”. Já são 8 meses de mandato e nenhuma choradeira pública sobre as heranças deixadas pela gestão anterior. Silêncio absoluto. Nem um “ai”.

Mas vamos à grande crise, sem falar em eixo monumental no momento: uniformes escolares são a bola da vez. O que ninguém fala é que a licitação para compra dos uniformes só foi publicada em agosto de 2024 e os envelopes foram abertos em setembro, faltando 3 meses para a gestão passada acabar.

Em novembro de 2024 a gestão passada notificou fornecedores por não terem assinado a ata de registro de preço e ainda em dezembro destacou os problemas nas peças-piloto. O problema se estendeu até 18 de fevereiro de 2025, quando a Seduc notificou a desclassificação à empresa responsável pelas camisetas, aquela que venceu o processo lá na gestão anterior, o que faria qualquer gestão pública que preza pelo dinheiro público.

Isso sem falar nos materiais escolares, cuja licitação para compra foi suspensa pela gestão anterior e não teve continuidade no ano passado.

E o mais engraçado? O protagonista dessa bagunça tem saído ileso, como se fosse um figurante perdido na cena, e ainda aparece nas redes sociais lamentando o atraso. Mas, espera aí… ele não era parte da história?

Já a gestão atual prefere o modo silêncio absoluto. Não conta nada, não aponta culpados. O mantra é “arrumar a casa e seguir em frente”. Bonito, mas a população continua sem uniforme e com a paciência do tamanho de um botão.