Ícone do site Angelo Rigon

Caminho livre

Decisões da Vara da Fazenda Pública permitem que poder público continue com projeto de instalação da casa de custódia, aprovado por maioria dos vereadores

A juíza de Direito Ketbi Astir José, da Vara da Fazenda Pública de Sarandi, negou pedidos feitos pelo Ministério Público Estadual, que buscava impedir a instalação de uma casa de custódia na região sul daquela cidade (Jardim França). Em decisão publicada ontem, ela indeferiu o pedido liminar do MPPR para a suspensão das medidas à construção da unidade penal, alegando, entre outros pontos, que o procedimento passou pela aprovação do Legislativo, tendo sido debate em sessão da Câmara Municipal.

Para a juíza, “houve efetiva oportunidade para que cidadãos e representantes da comunidade utilizassem a palavra, manifestando-se sobre o projeto e expondo suas opiniões, dúvidas e eventuais objeções quanto à localização e à destinação do imóvel. Ainda que não se trate de audiência pública formal, a abertura do debate legislativo e a participação ativa da sociedade no processo decisório conferem legitimidade ao procedimento, afastando alegações de ausência de participação popular e reforçando a regularidade do ato administrativo ora impugnado. Por fim, este juízo não pode deixar de registrar o conhecimento acerca das graves dificuldades estruturais enfrentadas pela Cadeia Pública de Sarandi, localizada em região central da cidade, de considerável densidade populacional, muito próxima a muito próxima a estabelecimentos educacionais, de saúde e de comércio A superlotação e a precariedade das instalações comprometem não apenas a dignidade dos internos, mas também a segurança dos servidores e da coletividade”, diz trecho da decisão (aqui, na íntegra).

Aparência

Em outra decisão, também tomada ontem, o juízo da Vara da Fazenda Pública de Sarandi atendeu solicitação da administração Carlos Alberto de Paula Junior (PSB) e deferiu o pedido de imissão provisória na posse do imóvel onde será construída a casa de custódia. Ela condicionou sua efetivação à realização prévia de avaliação judicial do imóvel, que será feita pelo engenheiro agrônomo Giuseppe Carlo Altoé Marcantonio. A prefeitura havia depositado R$ 2.080.000,00 à Wegg Empreendimentos Imobiliários”. Confira a decisão aqui.

Foto: Google Earth/Arquivo

Sair da versão mobile