As sugestões da comunidade
Consulta pública sobre o plano municipal de arborização que termina hoje destaca a preocupação do maringaense com as árvores da cidade. Neste link a comunidade pode visualizar o plano e apontar ideias que serão posteriormente analisadas e apresentadas em audiência pública.
Entre as cerca de 40 sugestões já incluídas, a comunidade solicita o plantio de árvores frutíferas no interior de escolas, unidades de saúde e outros espaços públicos, visando a produção de alimento para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Também são requeridos cronogramas de implantação do plano, acompanhamento de acadêmicos, campanhas de educação ambiental, além de solicitações de espécies específicas para ruas.
Ainda são sugestionadas a intensificação da arborização na cidade para reduzir a temperatura e sensação de calor e a destinação de folhas caídas para transformação em energia limpa. Moradores defendem algumas espécies como a sibipiruna, lembrando seu caráter histórico, outros, a erradicação de algumas exóticas e também ressaltam a importância da participação coletiva na criação do plano.
O biólogo da Secretaria de Meio Ambiente e Bem Estar Animal e membro da comissão de elaboração do plano, Rogério de Lima, afirma que todas as sugestões serão apreciadas. “Passarão por análises técnicas e se aprovadas serão acatadas. É um documento importante pois norteia todas as ações de arborização da administração municipal pelos próximos 20 anos”, enfatiza.
Após a audiência pública, a instituição do plano poderá ser feita por decreto municipal. O documento reunirá diversos estudos, entre eles, o diagnóstico da arborização existente, caracterização urbanística, paisagística, social e econômica, além do histórico de arborização e planejamentos de ferramentas de serviços como produção e plantio de mudas, poda e corte de árvores.
O estudo obteve o censo de 123 mil árvores nas calçadas e canteiros centrais das vias públicas. São 132 espécies com grande presença de sibipiruna, seguidas por oiti, ipê-roxo, tipuana, alecrim, falsa-murta, aroeira-chorão, grevílea, ipê-branco e pata-de-vaca. Entre as recomendações do plano está a manutenção de espécies originais em vias com relevância histórica ou cênicas e que em cada via seja restringido o uso de uma única espécie privilegiando sua identidade visual.
A elaboração do plano, iniciada em maio de 2017, contou com a participação de engenheiros florestais e civis, biólogos, arquitetos, historiadores, entre outros profissionais, além de ter o apoio de técnicos da Copel e Sanepar. Antes de chegar à consulta pública, passou por aprovação da comissão de elaboração e do Conselho Municipal de Meio Ambiente. (PMM)