Dirigentes da Fessmuc na prefeitura

Recém-empossados na Federação dos Sindicatos de Servidores Municipais Cutistas, os novos dirigentes tiveram reunião com o chefe de Gabinete do Prefeito, Domingos Trevizan, para tratar do regime jurídico único.

Eles foram acompanhados por servidores celetistas que colaboraram na elaboração do projeto de lei, através da comissão nomeada pela prefeitura em 2017.

Segundo Eduardo Moreira, o projeto tramita desde outubro do ano passado nas comissões da Câmara Municipal e tem enfrentado forte resistência por parte da autoproclamada “sociedade civil organizada”, ou seja, Observatório Social, Acim, Codem e congêneres da elite maringaense. A polêmica foi tão grande que embarcaram nessa desconfiança o Ministério Público, parte da imprensa, parte dos vereadores e, pior ainda, parte dos servidores estatutários, que não compreendem a precariedade da relação de trabalho dos celetistas: salários menores para cargos iguais, menos benefícios e risco permanente de demissão. A gestão Sindicato é pra Lutar continua se “debruçando sobre o assunto”.

Cansados de esperar o sindicato se inteirar das coisas, já que a assembleia de 28/02 ocorrerá um dia após o fim do prazo dado pelo MP para arquivar o projeto, os novos dirigentes da Fessmuc, junto com os vereadores Carlos Mariucci e Willian Gentil, mais um grupo de celetistas, decidiram agir. O chefe de gabinete Domingos Trevisan se comprometeu com os presentes a montar uma força-tarefa para responder a todos os questionamentos técnicos e jurídicos feitos pelo MP no menor prazo possível.

INCORPORAÇÕES – Terminada a reunião, os dirigentes foram à Câmara Municipal acompanhar a votação de um projeto de lei que incorpora aos salários as gratificações recebidas por procuradores municipais, contadores, médicos (40h) e engenheiros de diversas áreas.

Mesmo felizes com a aprovação desse projeto, que acaba com os “penduricalhos” dessas carreiras, os representantes da Fessmuc lamentam que a prefeitura tenha criado, por outro lado, uma nova gratificação para atender aos motoristas, em vez de lhes conceder ganho real nos salários pelo plano de carreira. Ganhos que seriam calculados na aposentadoria dos motoristas, como foi feito no caso dos eletricistas de automóveis, por exemplo. E o sindicato?, perguntou o vereador Mário Verri.