Candidata fictícia a vereadora, dois eleitos e dois suplentes também constam da Ação de Investigação Judicial Eleitoral por fraude à cota de gênero

Foi protocolizada hoje na 66ª Zona Eleitoral de Maringá a Ação de Investigação Judicial Eleitoral por fraude à cota de gênero, com pedido de tutela de evidência. A Aije é contra o Partido Social Democrático (PSD), Isabela Piassa Cantieri (Isa da Comunicação, que seria candidata fictícia), o vereador Janderson Flavio Mantovani, Elizabeth Akemi Ueta Nishimori (eleita), o ex-secretário municipal Paulo Gustavo de Lima Ribas (primeiro suplente) e Mário Mituo dos Santos Dias (segundo suplente do PSD).

A ação, com 23 páginas, foi apresentada por Dioney Fabio Barroca, por intermédio do advogado Carlos Oliveira Alencar Junior. Subtenente Dioney (Republicanos) foi candidato a vereador e recebeu 1.684 votos. A candidatura de Isabela, aponta, foi utilizada para fraudar a cota de gênero destinada às mulheres nas eleições proporcionais. Ela obteve 11 votos e estava na Itália durante boa parte da campanha. O material entregue hoje à Justiça Eleitoral traz prints comprovando que ela na prática não foi candidata, pois sequer informou à Justiça Eleitoral o endereço eletrônico de suas redes sociais, e, posteriormente, para mascarar a sua candidatura fictícia criou uma conta no Instagram onde realizou sete publicações padronizadas.

Entre as consideradas provas constantes da Aije está o fato de que Isa da Comunicação teve as contas eleitorais abertas apenas 4 dias antes da data da eleição. A primeira publicação dela em suas redes sociais deu-se mais de um mês depois de iniciada a campanha eleitoral e a 18 dias do pleito. A Aije pode resultar na mudança na composição da Câmara de Maringá, quando finalizada. O fato foi antecipado aqui em 10 de outubro.