Analogia com o futebol
Digamos que uma equipe fosse disputar um torneiro de três jogos. A regra previa que os jogadores que levassem cartões amarelos nos dois primeiros jogos não poderiam participar o terceiro. Esta equipe tinha um centroavante chamado Silvinho. Habilidoso, catimbeiro, conseguia enganar os adversários, às vezes praticando o antijogo. Era titular absoluto e tinha na reserva um jogador voluntarioso, raçudo, chamado Carlos Roberto. No primeiro jogo Silvio saiu jogando, marcou dois gols, mas levou um cartão amarelo. Foi substituído faltando 13 minutos para acabar o jogo por Carlos Roberto, que entrou e logo marcou um gol e acabou levando, também, o cartão amarelo.
No segundo jogo Silvinho, como titular, marcou 3 belos gols, mas levou cartão amarelo na comemoração do segundo. Como já estava suspenso para o jogo seguinte, o técnico da equipe (Ricardo Magalhães, um grande estrategista) o tirou, substituindo por Carlos Roberto, seu reserva, que entrou, marcou mais dois gols, mas levou outro cartão amarelo. Carlos Roberto foi considerado suspenso do terceiro jogo, mas recorreu ao tribunal alegando que era só um reserva, que entrou na vaga do titular. Que os seus cartões amarelos não poderiam ser considerados, pois não participara do jogo inteiro, nem no primeiro, nem no segundo. Os juízes perguntaram:Mas o senhor não marcou gols? Então esses gols não valeram? O que faz um jogador reserva, quando entra no lugar do titular? Não joga?
Esta é um história fictícia e qualquer semelhança com a realidade dos últimos oito anos na política de uma cidade da região da Amusep, não é mera coincidência. Há quem diga que é uma analogia perfeita.
Akino Maringá, colaborador