Ivana Veraldo

O fôlego do antigo ensino Normal

A necessidade de aumentar rapidamente o número de docentes para a educação infantil está renovando o fôlego dos antigos cursos normais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 preconiza que para atuar na Educação Básica o docente deve ter formação de nível superior. Mas a lei admite a formação de nível médio como suficiente para lecionar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Por esse motivo, os cursos de nível médio que formam para o magistério não foram extintos no Brasil. Atualmente é ventilada a proposta de resgatar os cursos normais, transformando-os numa porta de entrada para a carreira docente na educação infantil. É preciso olhar com cuidado para essa questão, pois a exigência de curso superior para o magistério na educação infantil foi uma conquista que garantiu maior profissionalização. O risco, ao se incentivar a formação de nível secundário, é o de enfraquecer o movimento pela melhoria das condições salariais e de trabalho da categoria já que o profissional de nível médio é mais barato. Isso dificulta, inclusive, o processo de implantação do piso salarial nacional.
Ivana Veraldo

Crianças, brincadeiras e espaços urbanos

Pesquisas mostram que crianças de diferentes classes sociais brincam em espaços urbanos diferenciados. As crianças de bairros pobres brincam nas ruas, calçadas, praças e terrenos baldios. As crianças de bairros ricos não ocupam esses espaços; elas são encontradas em suas casas ou em outros lugares fechados e institucionalizados; dificilmente brincam comunitariamente. Essas conclusões contribuem para que eu reforce a defesa da ampliação do número de espaços públicos para lazer, esporte e cultura em todos os bairros da cidade, inclusive naqueles que são habitados pela elite. Assim, todas as crianças poderiam brincar de forma mais saudável.
Ivana Veraldo

Escolaridade dos vereadores de 1997 a 2012

Uma dissertação de mestrado defendida no ano passado na UEM, “As elites políticas de Maringá: um estudo sobre a Câmara Municipal, 1997-2012”, elaborada por Tiago V. P. Amaral, apresenta dados muito interessantes sobre o grau de escolaridade dos vereadores que atuaram nas ultimas quatro legislaturas (11ª de 1997 a 2000; 12ª de 2001 a 2004; 13ª de 2005 a 2008 e 14ª de 2009 a 2012). De 1997 a 2012, 57 parlamentares assumiram vagas na Câmara Municipal de Maringá (48 foram eleitos diretamente e 9 foram os suplentes que assumiram ao longo dos mandatos). Desses, 31 tinham grau de escolaridade superior completo (54,5%), 7 superior incompleto (12,2%), 13 ensino médio completo (22,9%), 3 ensino médio incompleto (5,2%) e 3 ensino fundamental (5,2%). A maior predominância sempre foi de vereadores formados no curso de direito (21,1%), depois em Medicina (10,6%), em seguida outros cursos na área de saúde (como Farmácia e Odontologia (7,0), Administração (5,2%), Pedagogia (5,2%) e vários outros com percentuais bem menores. A 11ª Legislatura, de 1997 a 2000, foi a que teve o maior grau de instrução, com 62,7% dos parlamentares possuindo grau superior completo e 8,3% incompleto. Essa tendência caiu nas legislaturas subseqüentes. A parcela dos vereadores que já tinham cursado o ensino médio aumentou, saltando de 14,3% na 11ª Legislatura para 33,3% na 14ª Legislatura.
Ivana Veraldo

Escolaridade dos vereadores eleitos em 2012

Dos vereadores eleitos agora 46,7% possuem curso superior completo e 20% superior incompleto. Apenas 20% concluíram o ensino médio. Comparando com as quatro legislaturas anteriores, a Câmara eleita agora é a que possui menor grau de escolaridade. São 7 vereadores com curso superior completo, 46,7% (Ulisses Maia, Humberto Henrique, Flávio Vicente, Márcia Socreppa, Luciano Brito, Dr. Manoel, Mariucci); 3 com Superior Incompleto, 20% (Tenente Edson Luiz, Luiz Pereira, Chico Caiana); 3 com Ensino Médio Completo, 20% (Mário Verri, Capitão Ideval, Adilson do Bar); 1 com Ensino Fundamental Completo, 6,7%(Bravin) e 1 com Ensino Fundamental Incompleto (Negrão Sorriso) 6,7%.
Ivana Veraldo

Mais disciplinas para quê?

Volta e meia aparecem propostas de inclusão de disciplinas na grade da educação básica. Sempre que isso ocorre diminui o tempo dedicado às disciplinas básicas como Português e Matemática. Na verdade, a criação dessas disciplinas não tem contribuído para melhorar o desempenho dos alunos, ao contrário, tem piorado.
Ivana Veraldo

Burocracia escolar

O pedagógico vai para o espaço. Assim é a escola hoje: a maior parte do trabalho do diretor escolar está ligada a funções burocráticas nas escolas; os professores devem registrar suas atividades diária, semanal, bimestral/semestral e ou anualmente, conforme o caso exigir. Tudo envolve planejamento, registros, papéis: o livro de chamada, as fichas avaliativas, os formulários para comunicações com coordenadores, com o conselho de classe, elaboração de projetos pedagógicos, etc. A escola se ocupa com a burocracia e não tem tempo para se ocupar com a qualidade da educação.
Ivana Veraldo

Educação medicada

Agora é moda: estudantes, ricos e pobres, usam remédios para melhorar seu desempenho escolar. Crianças que não se encaixam nos moldes da escola e suas famílias não podem pagar psicopedagogos para orientá-las a medicação tem sido a saída pragmática adotada. É mais fácil medicar os alunos do que melhorar a escola e capacitar os professores. É mais fácil medicar as crianças e colocá-las numa camisa de força do que exigir dos adultos equilíbrio e maturidade para lidar com manifestações naturais da infância e da adolescência.
Ivana Veraldo

O suicídio do aluno

Presume-se que um aluno do quinto ano do ensino fundamental do Colégio São Bento, Rio de Janeiro, tenha se suicidado no dia 28.09. Esse Colégio é privado e possui muito prestígio. É freqüentado pelos filhos da elite carioca. A mensalidade do ensino fundamental, anos iniciais, é de R$ 2.280,00. O suposto suicídio revela a fragilidade do projeto formativo das famílias endinheiradas que almejam controlar e vigiar os passos de sua prole, monitorar suas condutas, protegê-las a todo o custo do mundo violento e inseguro. Essas famílias elitizadas tem acesso a bens e serviços especializados e buscam isolar-se do contato com o mundo nefasto; isolam-se nos shoppings, nas escolas com muros altos e câmeras, nos condomínios fechados. Estimulam seus filhos a serem os melhores, a buscarem o sucesso, a serem tops em tudo o que fazem. Nem todos conseguem, alguns sucumbem, falham (porque são humanos). A morte do garoto de 12 anos pode revelar a fragilidade desse projeto.
Ivana Veraldo

Creche não pode tirar férias

Como estamos na fase da campanha para o segundo turno das eleições municipais seria interessante ouvir dos candidatos o que eles pensam sobre a necessidade de funcionamento dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) o ano todo. Em alguns municípios brasileiros a Defensoria Pública tem movido ações contra as prefeituras para garantir a abertura das creches municipais de maneira ininterrupta durante todo o ano. Tomam como base a Constituição de 88, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), afirmando que a Educação Infantil é dever do Estado e direito da criança, “não sendo permitido ao administrador municipal restringir o acesso a esse direito”. As defensorias argumentam que as creches constituem serviço público essencial, não apenas relacionado à educação, mas também à assistência social, motivo pelo qual não pode sofrer interrupções. Em Maringá, nas férias, funcionam apenas algumas unidades, mas não todas, causando muitos problemas para as mães e pais que precisam trabalhar e não encontram o serviço ofertado nas proximidades de suas residências. Como será que os candidatos Enio e Pupin resolveriam essa questão?
Ivana Veraldo

Filmes sobre a difícil arte de ensinar

Para comemorar o dia do professor nada melhor do que assistir um filme, melhor ainda se for sobre a difícil arte de ensinar. Recomendações: Ao Mestre com Carinho, Sociedade dos Poetas Mortos, Mentes Perigosas, Ser e Ter, Pro Dia Nascer Feliz, A Onda, Entre os Muros da Escola, Preciosa, Gênio Indomável, Uma mente brilhante, Nenhum a menos, Duelo de Titãs, O clube do imperador, Meu mestre minha vida, Escritores da liberdade, A Voz do coração, Conrack e tantos outros…
Ivana Veraldo

Cola em massa

Alunos da famosa Universidade de Harvard são acusados de terem realizado uma “cola em massa”. Em agosto último, 125 estudantes dessa instituição teriam cometido a fraude no curso de Introdução ao Congresso, para o qual fizeram em grupo um trabalho que deveria ter sido feito individualmente. Os alunos estão sob a investigação do Conselho Administrativo da instituição e os culpados poderão ser suspensos por um ano. Ah se a moda pega!
Ivana Veraldo

Dia do Professor

Hoje comemoramos o Dia do Professor. Isso ocorre no dia 15 de outubro em homenagem a uma lei promulgada, nesse dia, no ano de 1827; a lei criou o Ensino Elementar no Brasil, descentralizou o ensino, estabeleceu o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. Contudo, a proposta ficou no plano da lei e não se realizou, dadas as limitações das províncias. A data comemorativa foi instituída no ano de 1947 e foi oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 1963.
Ivana Veraldo

Número de alunos em sala de aula

Está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado o projeto de lei n.504/2011 que altera o parágrafo único do art. 25 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), para estabelecer o número máximo de alunos por turma na pré-escola e no ensino fundamental e médio. O PLS é do senador Humberto Costa (PT-PE) e propõe que as turmas de pré-escola e dos primeiros dois anos do ensino fundamental não poderão exceder a 25 alunos. Já as classes das demais séries do ensino fundamental e as do ensino médio deverão ter, no máximo, 35 alunos. Um substitutivo acrescentou a possibilidade de a turma ultrapassar o limite estabelecido em até 20%. Para isso, é necessário que a sala de aula, na educação infantil, possua tamanho equivalente a um e meio metro quadrado por aluno, e nas turmas de ensino fundamental e médio, um metro quadrado por aluno. O projeto é importante é requer muita discussão já que a relação entre o número de alunos e professores é uma das causas da falta de qualidade da educação.
Ivana Veraldo

E o mundo não acabou

Era para acabar ontem, às 16h, segundo o ex-vigilante Luís Pereira dos Santos que se dizia profeta e há quatro anos pregava o juízo final em Teresina (PI). O fim do mundo era aguardado por 131 seguidores da seita criada por ele. Houve revolta da população local e a manifestação acabou com vários feridos e presos. Precisamos refletir sobre as condições que levam tantas pessoas a acreditarem nessas falsas profecias.
Ivana Veraldo

Professora anônima denuncia quadro vergonhoso 1

O post no qual fiz menção ao fato de que foi Chico Caiana que apresentou a proposta do fim das eleições diretas para diretores das escolas municipais recebeu inúmeros comentários, mas chamou-me a atenção o longo comentário de uma anônima que, por precaução, se denominou “Professora da rede municipal”; provavelmente é o cargo que ocupa, tal é o conhecimento que demonstra das entranhas dessa rede escolar. A professora afirma que o candidato um determinado candidato à prefeitura usa os números do Ideb para fazer a sua campanha eleitoral, enaltecendo a nota 6,0 alcançada pela rede municipal; mas a professora denuncia que “essa não é a realidade de todas as escolas do município”, e que os números são “usados conforme as conveniências dos que o usam”. Continue lendo ›

Professora anônima denuncia quadro vergonhoso 2

Outra denúncia feita pela anônima professora é que as diretoras das escolas, indicadas e não eleitas, pediram votos em carta entregue aos pais dos alunos. A professora desabafa: “Eles são em média, somando as diretoras, supervisoras e orientadoras de creches e escolas (todas nomeadas por decreto) uma cerca 400 cabos eleitorais. Em cada evento ou reunião política que elas comparecem em época de eleição, as mesmas são sutilmente ou explicitamente convocadas a levar mais um ou dois. É um Exército que se diz do bem. É um esquema ideológico para sustentar o poder do grupo.” A professora afirma que nas escolas impera “um quadro vergonhoso”.Continue lendo ›

Caiana e o fim das eleições

Chico Caiana (PTB), que já foi vereador em Maringá de 2005 a 2008, e agora foi eleito novamente, foi o autor do projeto de lei que acabou com as eleições diretas para diretores nas escolas municipais de Maringá em 2008. O projeto de lei concedia autonomia ao prefeito Silvio Barros (PP) para nomear os dirigentes. Um atentado à democracia! Será que sua atuação seguirá o mesmo rumo?
Ivana Veraldo

Alunos burros e alunos espertos

A atitude do professor em relação aos alunos revela crenças que são moldadas ao longo do percurso escolar, comprova pesquisa realizada nos EUA. Os professores tendem a desestimular os alunos que consideram menos capazes, os “burros”, e estimular os mais capazes, os “espertos”. Sorri menos para os “burros”, mostra impaciência e não leva suas dúvidas a sério. Quando um aluno “esperto” não entende um assunto, o professor toma aquela dúvida como um feedback do trabalho dele; pensa em fazer uma revisão da matéria, por exemplo. Se um estudante “burro” tem dúvida, o professor age como se só ele não tivesse entendido. Os “burros” ficam mais “burros” e os espertos mais espertos. Assim as crenças são moldadas e nunca subvertidas. É necessário rever esse comportamento.
Ivana Veraldo

Coronelismo em Maringá

Já mostramos o que é o clientelismo (troca de favores). Coronelismo define-se pela manifestação de fidelidade pessoal do eleitor a um chefe político – o coronel. Era mais comum nas sociedades predominantemente agrárias, mas, tomando como exemplo a política praticada em Maringá, reconhecemos que o fenômeno se alastrou para as zonas urbanas e ainda permanece na atualidade. O que explica a persistência dessas práticas é a pobreza material e cultural.
Ivana Veraldo

Troca de favores ou políticas públicas?

Clientelismo é a prática política de troca de favores, na qual os eleitores são encarados como “clientes”. O político concentra seus projetos e funções no objetivo de prover os interesses de indivíduos ou grupos com os quais mantém uma relação de proximidade pessoal, e em meio a esta relação de troca é que o político recebe os votos que busca para se eleger no cargo desejado. O clientelismo possui suas raízes na sociedade rural tradicional. Atualmente, clientelismo se traduz em um tipo de relação entre atores políticos, envolvendo a concessão de benefícios públicos (empregos, benefícios fiscais, isenções, etc) em troca de apoio político, permanecendo a sua forma básica, que envolve a negociação do voto. O clientelismo é a porta da corrupção política. Necessitamos combater a prática da troca de favores e votar nos políticos que vão lutar pela criação de políticas públicas para melhorar a vida de todos os cidadãos e não somente dos seus clientes. Precisamos decretar a morte definitiva desse velho modo de fazer política.
Ivana Veraldo

O voto da melhor idade

O voto é facultativo para quem tem mais de 70 anos, mas muitos fazem questão de ir às urnas. O crescimento do número de eleitores nesta faixa etária comprova a tendência da queda da natalidade e o aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo. Esse segmento da população usa o transporte público, o sistema de saúde… Precisam de políticas públicas voltadas às suas necessidades e, por esse motivo, devem registrar sua opinião nas urnas.
Ivana Veraldo

“Acredito na rapaziada”

O percentual de jovens que vai votar nessas eleições é muito grande. Porém, dizem por aí que os jovens não gostam de política, que são alienados e despolitizados. Ou será o contrário? É a política que não gosta do jovem! A música “Acredito na rapaziada” do Gonzaguinha louva essa categoria da população, depositando nela esperança e força: “Eu acredito é na rapaziada, Que segue em frente e segura o rojão, Eu ponho fé é na fé da moçada, Que não foge da fera e enfrenta o leão, Eu vou à luta com essa juventude, Que não corre da raia a troco de nada, Eu vou no bloco dessa mocidade, Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada…Eu acredito é na rapaziada”.
Ivana Veraldo

Perfil dos candidatos a vereador no Brasil

A Ong Transparência Municipal fez um estudo sobre o perfil dos candidatos a vereador nas eleições de 2012. Destaco: o número de vagas para vereadores na eleição de 2012 é de 57.410, para as quais estão concorrendo 434.721 candidatos; 68,69% dos candidatos são do sexo masculino e 31,31% do sexo feminino; a faixa de idades de 45 a 59 anos é a que apresenta a maior concentração de candidatos; a maior participação é de candidatos com curso médio completo, mas 15 mil candidatos são analfabetos ou semianalfabetos; no Brasil as três ocupações mais freqüentes foram as de servidor público municipal, de agricultor e de comerciante, depois vem as donas de casa e os vereadores, que tentam a reeleição.
Ivana Veraldo

Perfil dos candidatos a prefeito no Brasil

A Ong Transparência Municipal fez um estudo sobre o perfil dos candidatos a prefeito nas eleições de 2012. Destaco: o número de vagas para prefeitos na eleição de 2012 é de 5.568, para as quais estão concorrendo 15.323 candidatos; 87,53% dos candidatos são do sexo masculino e 12,47% do sexo feminino; a faixa de idades de 45 a 59 anos é a que apresenta a maior concentração de candidatos; 0,98% são analfabetos ou semianalfabetos; as ocupações mais comuns entre os candidatos são as de prefeito, empresário, comerciante, agricultor e advogado.
Ivana Veraldo

Pré-teste da Prova Docente em 2012

A Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente (Prova Docente) é uma avaliação que tem como objetivo subsidiar os Estados e os Municípios no processo de seleção de docentes para a educação básica. No ano de 2010 o Inep elaborou uma Matriz de Referência e decidiu que a prova será realizada no segundo semestre de 2013. Agora, no segundo semestre de 2012, haverá um pré-teste, a aplicação de um “piloto” da avaliação com o objetivo de coletar dados para pesquisa. Após a análise dos resultados do pré-teste a Matriz de Referência será validada e estará pronta para subsidiar a Prova Docente. Já escrevi neste blog sobre o risco da Prova induzir os currículos das Instituições de ensino superior, sobre a possibilidade de criação de um sistema classificatório dessas instituições e o surgimento de uma corrida pelos melhores empregos. A Prova Docente não vai resolver o problema da inexistência de plano de carreira do magistério, do não cumprimento do piso salarial nacional, da ausência de uma política de formação continuada e da falta de apoio ao trabalho dos professores.
Ivana Veraldo

Eleições 2012: as lições de Hobsbawm

Ontem faleceu o grande historiador Eric Hobsbawm (1917/2012) e, como estamos na reta final da campanha para as eleições municipais, é bom lembrarmos do seu alerta sobre o triunfo do indivíduo sobre a sociedade e o rompimento dos fios que antes ligavam os seres humanos em texturas sociais. Cabe a nós no século XXI construirmos as condições para barrar essa tendência desumanizadora. Nessas eleições, os candidatos melhor posicionados nas pesquisas não apresentam projetos de sociedade diferentes, mas podemos discernir quais poderão empregar estratégias que privilegiem mais os interesses públicos do que os privados. E, nessa hora, vale a pena dar uma checada no histórico político da cada candidato.
Ivana Veraldo

Perdemos Hobsbawm

Morreu hoje, aos 95 anos, em Londres, o historiador Eric Hobsbawm, grande intelectual, considerado um dos maiores historiadores do século XX. Ele escreveu ‘A era dos extremos’, ‘A era do capital’ e outras obras. O pensamento crítico está de luto. Eu estou de luto pois muito do que sei aprendi com esse pensador.
Ivana Veraldo

Tempo de aprendizagem

O tempo médio real de aproveitamento das 4 horas de aula é pequeno. O restante é gasto com chamada, distribuição de deveres e outras atividades não didáticas. O tempo dedicado exclusivamente ao aprendizado em escolas com mau desempenho no Brasil é de 1h17 (32%), nas escolas com desempenho mediano é de 1h44 (43%) e nas escolas com bom desempenho é de 2h13 (55%). Os dados foram extraídos de uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial.
Ivana Veraldo