O fôlego do antigo ensino Normal
A necessidade de aumentar rapidamente o número de docentes para a educação infantil está renovando o fôlego dos antigos cursos normais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 preconiza que para atuar na Educação Básica o docente deve ter formação de nível superior. Mas a lei admite a formação de nível médio como suficiente para lecionar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Por esse motivo, os cursos de nível médio que formam para o magistério não foram extintos no Brasil. Atualmente é ventilada a proposta de resgatar os cursos normais, transformando-os numa porta de entrada para a carreira docente na educação infantil. É preciso olhar com cuidado para essa questão, pois a exigência de curso superior para o magistério na educação infantil foi uma conquista que garantiu maior profissionalização. O risco, ao se incentivar a formação de nível secundário, é o de enfraquecer o movimento pela melhoria das condições salariais e de trabalho da categoria já que o profissional de nível médio é mais barato. Isso dificulta, inclusive, o processo de implantação do piso salarial nacional.
Ivana Veraldo