Encontramos no livro O Trem de Ferro – Fatos Verídicos, do jornalista J.A.Corrêa Jr., o Zitão, a história da Urbamar e como os cofres públicos de Maringá seriam saqueados. A propósito vejamos, em resumo, o prefácio do livro assinado pelo dr. Eli Pereira Diniz: “A literatura de denúncias sempre me fascinou. Meus tempos colegiais foram marcados por ‘O Cortiço’, ‘ Capitães de Areia’ (…), tantas outras obras que representam o inconformismo (…). Neste contexto e nesse estágio da vida recebi grato o convite para prefaciar o ‘O Trem de Ferro’, obra complementar de ‘A Maria Fumaça’ uma obra-denúncia, mas não se contentou e não se exauriu no abstrato da denúncia. O autor, intrépido e persistente, denunciando e acreditando na solução transformou a sua obra em uma luta judicial na Comarca de Maringá contra vilões, assaltantes do dinheiro público, para os quais jamais se defendeu a pena de morte reservada somente para os miseráveis no apanágio dos moralistas por conveniência.
O Trem de Ferro (…) uma prestação pública de contas do autor, onde esclarece aos seus leitores as medidas que tomou para conter a maior sangria que estava por se cometer contra os cofres públicos da cidade de Maringá, em toda a sua história.
Era o pagamento de uma indenização tão indevida quanto astronômica, em quantia superior a um orçamento anual da cidade, em favor da Cia. Melhoramentos. Esse fato somente pode ser contido através de uma ordem judicial, tal era a ganância estranha por pagar e por receber com que se deparou o autor. O autor optou pelo instrumento jurídico da ação popular, investindo-se na condição de defensor do erário. Tive a honra, de, como advogado, patrocinar juntamente com minha colega de banca, Cleuza A. Valério, a sua nobre causa, justa, legítima e, sobretudo, exemplar”.
Minha opinião: Como vemos o verdadeiro herói da história é o Zitão, já falecido. Sua atuação de fato impediu um grande prejuízo aos cofres públicos de Maringá, como reconhece o próprio dr. Eli Diniz ao prefaciar o livro. Reconhecemos o trabalho dos advogados, que estão regiamente reconhecidos financeiramente, mas os verdadeiros causadores do prejuízo no pagamento dos honorários, não podem ser esquecidos.
Akino Maringá, colaborador