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Brasil

Corrupção legalizada

De Elio Gaspari, na Folha de S. Paulo:

O doutor Gustavo Montezano, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), deu-se a um voo de ciência política e ensinou:

“A gente construiu leis, normas, aparatos legais e jurídicos que tornaram legal esse esquema de corrupção. A conclusão é essa”.

A gente, quem, cara pálida? Machado de Assis já ensinou que “a ocasião faz o roubo, o ladrão já nasce pronto”.

Para ficar num caso ocorrido durante o atual governo, as leis mandam que as compras para o serviço público sejam feitas por licitações e que compete à CGU (Controladoria-Geral da União) fiscalizar a lisura desses certames.

Em agosto passado o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação anunciou um pregão para a compra de 1,3 milhão de computadores, notebooks e laptops para escolas da rede pública. 

Coisa de R$ 3 bilhões.

A CGU sentiu cheiro de queimado e descobriu que numa escola de Minas Gerais cada um dos 255 alunos receberia 118 laptops. Soado o alarme, o edital foi suspenso e depois revogado.

As leis e as normas foram seguidas, mas até hoje ninguém explicou como esse edital foi concebido, armando a ocasião para interessados que, na visão de Machado, nasceram prontos. Parece falta de educação falar do assunto.

(Foto: Tania Rego/Agência Brasil)

Akino

A caixa-preta furada

Li na IstoÉ e reproduzo, em resumo, aproveitando a manchete:

‘A abertura da “caixa-preta do BNDES” foi uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial. Desde o início do seu mandato ele declarou que finalmente a população conheceria as irregularidades cometidas no banco de fomento durantes as gestões petistas. Por causa disso, forçou a demissão de um dos maiores quadros do seu governo, o ex-presidente do BNDES Joaquim Levy, acusado de não se empenhar com a transparência da instituição — o que sempre foi negado pelas evidências e por ex-dirigentes do banco. Na última semana, quase três anos depois do início de uma ampla auditoria interna para investigar os negócios com o Grupo J&F, o BNDES precisou anunciar que nenhuma irregularidade tinha sido encontrada. Como diz o provérbio latino, a montanha pariu um rato. Pior: a própria análise se tornou um escândalo, já que foram consumidos nada menos que R$ 48 milhões em uma investigação que não deu em nada.’

Meu comentário (Akino):  Essa  auditoria, por esse valor, está cheirando coisa, ou melhor, fedendo, e fedendo algo podre, catinga mesmo como se diz no nordeste.  Espero estar errado, mas…

Akino Maringá, colaborador

Akino

Aos deputados estaduais…

… do PR, SC e RS: Considerando que a situação financeira dos três estados é nada confortável. Diante do momento econômico e as incertezas, perguntaria aos senhores se não acham que seria o caso de privatizar o BRDE. Há justificativa para se manter um banco, que é mero repassador de recursos do BNDES, com um capital de R$ 888.567.000,00, dos contribuintes? Os bancos privados, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já não fazem isso? Os senhores, que forem da base dos governadores, poderiam conversar com os governadores e levar esta sugestão. Continue lendo ›

Geral

Obras e projetos sociais são visitados pelo BNDES na região

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Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estiveram na região Noroeste do Paraná, nos últimos dias 11 e 12, para verificar o andamento das obras financiadas pelo banco, decorrentes dos projetos beneficiados pelo Subcrédito Social previsto no contrato de financiamento. Acompanhados de diretores da Viapar, conheceram as obras ao longo da rodovia BR-376, bem como visitaram o Hospital Santa Casa de Paranavaí, onde foram doados vários equipamentos hospitalares, e a ampliação da Escola Casa do Piá em Presidente Castelo Branco, ambos beneficiados por aproximadamente R$ 500 mil, oriundos do subcrédito social. Continue lendo ›

Geral

TCU manifesta preocupação com financiamento da Arena da Baixada

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná recebeu comunicação do Tribunal de Contas da União na qual o órgão federal manifesta preocupação com o financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a conclusão da Arena da Baixada, em Curitiba. No documento, o TCU dá prazo para que a instituição financeira apresente informações detalhadas a respeito da operação. Na próxima semana, o TCE deve divulgar o terceiro relatório sobre as obras do estádio, que também será encaminhado ao TCU. No documento, a entidade fiscalizadora federal dá 15 dias para que o BNDES “apresente o novo quadro de usos e fontes para custeio dos investimentos previstos na revisão do orçamento atualizado da obra de construção da Arena da Baixada, de modo a permitir a análise no acompanhamento a ser realizado por este Tribunal em 2014, como também aferir-lhe a exequibilidade”.Continue lendo ›

Negócios

Tem mais

O empresário Jeferson Nogaroli, que manda muito em alguns políticos paranaenses, participou hoje da inauguração do Contorno Norte e confidenciou a um jornalista que os R$ 11,7 milhões liberados ontem pelo BNDES são a primeira parcela de um financiamento que passaria de R$ 100 milhões para a rede de supermercados Cidade Canção. Ele disse que a rede planeja abrir mais 17 unidades. A propósito do empréstimo, noticiado aqui ontem, a professora Ana Lúcia Rodrigues comentou: “Muitos empresários só fazem negócios com financiamento público e este grupo especialmente, além de ser beneficiário desde sempre das benesses públicas, sequer restitui aos cofres do país a contrapartida dos empreendimentos que faz, pois constantemente vemos notícias dos calotes que o grupo dá no fisco. No Brasil o perverso sistema capitalista é ainda mais perverso pois a burguesia nacional se ancora no sistema político patrimonialista e clientelista e segue tosca, dividindo com o povo brasileiro sua crise – deu perda nós todos pagamos – e se apropriando sozinha dos lucros – sem sequer pagar impostos”.

Negócios

BNDES aprova financiamento para rede Cidade Canção

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) aprovou financiamento de R$ 11,7 milhões para a Companhia Sulamericana de Distribuição, da rede maringaense de supermercados Cidade Canção – leia-se Jefferson Nogaroli. O projeto prevê a implantação três novas lojas no Paraná, sendo duas em Maringá e uma em Paiçandu, além da ampliação da unidade de Jandaia do Sul. Os recursos do banco representam 36% dos investimentos totais. Também serão aplicados recursos próprios e R$ 4,8 milhões do BNDES Finame, que são repassados por meio de agentes financeiros. Continue lendo ›

Maringá

A origem dos recursos

bid
Embora a Secretaria de Comunicação Social do Paraná, em contato com o blog, tenha informado que o financiamento dos mais de R$ 2,7 milhões para a construção do Instituto Médico Legal de Maringá seja do BID, não é o que consta da lei orçamentária anual. Lá, conforme foi publicado ontem, consta que os recursos são do BNDES. Está à página 483 do Orçamento 2013, que pode ser consultado aqui. Clique para ampliar.

Maringá

Obra financiada pelo BNDES na lista dos recursos contingenciados

IML Maringá
A placa da construção do novo IML de Maringá (na travessa Jorge Pereira da Silva, esquina com a rua Dom Pedro I, na Vila Ipiranga) informa que a obra é do governo do estado, dentro do programa Paraná Seguro, com valor de R$ 2.723.599,49. De acordo com a oposição, a obra é financiada pelo BNDES – e neste caso a placa obrigatoriamente deveria fazer a referência. Aliás, de acordo com levantamento feito pela oposição na Assembleia Legislativa, o último corte de investimentos feito pelo governo Beto Richa, de cerca de R$ 200 milhões, contingenciou R$ 680 mil da obra, o que é estranho, tratando-se de empréstimo (sem previsão de recursos do tesouro).
Os cortes do governo Richa reduzirão R$ 5,6 milhões que estavam previstos inicialmente para Maringá. Os cortes atingiram a UEM (R$ 1.862.750,00), sem contar os cortes na gestão do Hospital Universitário Regional de Maringá e construção do Bloco S05 (R$ 1,2 milhão), ampliação da pista de pouso do Aeroporto Silvio Name Junior e (R$ 1.060.500,00), além de ações na área da Polícia Militar (R$ 623.678,00) e de educação.

Brasil

Deputado quer ouvir presidente do BNDES

O deputado federal Fernando Francischini (PSDB), juntamente com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), encaminhou requerimento à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, convidando o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, para prestar esclarecimentos sobre a compra da construtora Delta, de Fernando Cavendish, pela J&F Participações, que controla o frigorífico JBS, o maior do mundo. “O que eu quero saber do presidente do BNDES é se há risco de dinheiro público ser usado para comprar empreiteira metida com o crime organizado”, explicou o deputado, se referindo à participação do BNDES na sociedade com a holding J&F. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle é presidida pelo deputado maringaense Edmar Arruda (PSC).