cargos

Embora de forma tímida, o vice-prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) desautorizou o loteamento de um possível governo seu, caso sua inelegibilidade não seja confirmada pelo TSE. Na última reunião com os secretários, ele lamentou que algumas pessoas estivessem loteando cargos comissionados e frisou que isso não tinha seu consentimento. Todos os presentes sabiam que, embora não tivesse citado nomes, o recado era endereçado ao PMDB de Umberto Crispim, Miguel Grillo e João Alves Correa – este, presente ao encontro, dizem, sem ser convidado. Os peemedebistas fazem questão de espalhar que o partido terá três secretarias num eventual governo do candidato dos Barros.

(Atualizado) A conta dos apoios recebidos por Carlos Roberto Pupin (PP) neste segundo turno pode sobrar para o contribuinte paranaense. O blog ficou sabendo que o governo do estado bancaria cargos comissionados, em troca do apoio em Maringá, para alguns ex-candidatos a prefeito. Beto Richa, como se sabe, perdeu a eleição em Curitiba e corre o risco de derrota também em Londrina, Ponta Grossa, Cascavel e Maringá.
Aqui, o acordo envolveria cargos para ajudar na futura campanha para deputado.

Se já estava difícil, vai ficar impossível para os fratelli conseguirem boquinha no governo federal. A nota está na coluna Painel da Folha de S. Paulo de hoje:  a presidente Dilma Rousseff enviou para análise da Advocacia-Geral da União um decreto instituindo a validade dos mesmos critérios da Lei da Ficha Limpa para o preenchimento de cargos de confiança no governo federal. O filtro valerá para a administração direta e indireta e dele não escaparão nem ministros de Estados e presidentes de estatais e autarquias.
Assim como na lei que rege as candidaturas, não poderão ser nomeados aqueles condenados em segunda instância em decisões colegiadas. Segundo pente-fino prévio da Casa Civil, se começar a vigorar a nova regra não atingirá nenhum ocupante do primeiro escalão.

O juiz Alberto Luis Marques dos Santos, da 4ª Vara Cível de Maringá, em decisão publicada nesta quarta-feira, deixou de receber embargos declaratórios apresentados pela Procuradoria Geral do município, que recorria contra a sentença do último dia 23 que determinou a exoneração de 158 ocupantes de cargos comissionados, notícia que os leitores deste blog ficaram sabendo antes. A administração buscava a nulidade da decisão, alegando não ter ocorrido a intimação do município em relação a um despacho. Os embargos não foram recebidos “porque não há contradição, omissão ou obscuridade que os justifique”.

1) Umberto Crispim, que pode tornar-se o manda-chuva da Sanepar Noroeste, já foi diretor de Relações com Investidores da companhia, entre abril e dezembro de 2010, no governo-tampão de Orlando Pessuti, com quem hoje não tem o mesmo relacionamento. O cargo hoje é ocupado por Ezequias Moreira Rodrigues, ex-chefe de gabinete de Beto Richa e pivô do chamado escândalo da sogra fantasma.
2) Se Paulo Batiston perder a cadeira para Umberto Crispim, Ricardo Veroneze, que é de Maringá e é gerente de Concessões da Sanepar em Curitiba, também pode cair.
3) Integram os conselhos da Sanepar nesta gestão dois maringaenses de nascimento: Michele Caputo Neto, secretário de Saúde do Paraná, membro do Conselho de Administração, e Ivens Moretti Pacheco, diretor do Departamento de Imprensa Oficial, conselheiro fiscal, jornalista como o pai, Ivens Lagoano Pacheco, fundador de O Jornal de Maringá.

1) Ricardo Barros, que indicou o atual gerente, Paulo Batiston, trabalhou com o irmão mais velho para retomar para o município os serviços de água e esgoto. Contraditório?
2) Tempos atrás, o secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa, dirigindo-se a um gerente da Sanepar, dedo em riste, avisou: “Vou tomar a Sanepar de vocês. A Sanepar vai ser nossa”.
3) Um dos resultados dessa coisa doida: dias atrás um servidor da Prefeitura que passou num concurso da Sanepar recuou e preferiu permanecer no município, embora ganhando menos. Motivo: achou que, indo para a Sanepar, iria perder o emprego em alguns meses, quando os Barros assumissem os serviços de água e esgoto da cidade.

O ex-deputado estadual Ricardo Maia (PSD) e o ex-bancário Sergio Yokoo, que participou da coordenação da campanha de Beto Richa em Maringá, serão nomeados em breve para cargos no governo estadual. No início deste mês eles estiveram em Curitiba, onde confirmou-se que a nomeação deve mesmo acontecer no início de 2012.