O prefeito de Maringá está para cometer um verdadeiro crime. Com a ordem judicial de despejo na mão ele pode a qualquer momento dar a ordem, mandando 19 famílias para o local da antiga e desativada Escola João Gentilin na estrada Pinguim, zona rural de Maringá. Uma comissão formada por representantes das 19 famílias, do Observatório das Metrópoles e da Central de Práticas Jurídicas da UEM elaborou um relatório que denuncia a situação, demonstrando que a decisão judicial tomou por base um laudo do gabinete da prefeitura e da Sasc, que omite a necessidade de moradia para famílias de baixa renda em Maringá. A situação é grave e haverá resistência ao despejo. Ontem, a comissão esteve visitando o local proposto pelo prefeito para transferir as famílias, e aí está o crime. A comissão multidisciplinar composta por advogado, assistente social, sociólogo, arquiteto e psicólogo foi unânime em afirmar que é desumano e uma afronta a qualquer cidadão retirar da vida urbana 19 famílias com cerca de 29 crianças que estão matriculadas em creches e escolas. A comissão sugere outras soluções possíveis, menos a transferência para aquele local insalubre e distante de centro urbano. O documento será enviado às autoridades municipais, nacionais e a organismos internacionais ligados a ONU que monitoram em todo o mundo as situações de remanejamento de famílias, e responsabilizam os gestores municipais pelo não cumprimento dos direitos básicos da população, por isso é um crime.