Charge
De Brum, na Tribuna do Norte, de Natal (RN).
De Brum, na Tribuna do Norte, de Natal (RN).
Esta nota publicada em coluna de grande jornal de determinada cidade não caracteriza homofobia, preconceito? Vejam o que publicou: “Pois é um gay da cidade, em vez de cuidar de sua vida, de seu “marido”, se dedica a cuidar de O Diário. E uma outra pessoa, da mesma comunidade, uma “moçoila revoltada com o mundo”, repercute o que ele escreve.” (sic)
Akino Maringá, colaborador
De Luiz Modesto:
Imaginem se existisse mesmo a tal cristianofobia e se o discurso da maioria da população fosse:
“Que vergonha aquele culto a céu aberto na praça Raposo Tavares e as procissões de Domingo de Ramos e Corpus Christi. Não tenho nada contra, mas porque eles não vão fazer isso entre quatro paredes, dentro de seus templos? Não tenho nada contra mesmo, tenho até amigos cristãos, mas eles se dão ao respeito, e deixam para manifestar seu culto em lugar apropriado, não em local público. Meus filhos não são obrigados a ver esse tipo de coisa” ao invés de: “Não tenho nada contra, mas que vivam suas vidas entre quatro paredes. Que vergonha essas paradas gays. Ninguém é obrigado a concordar com eles. Não quero que meus filhos presenciem esta pouca vergonha”. Deu para entender o que é homofobia?
Da escritora Aline Valek:
Não tenho nada contra homofóbicos. Eu, inclusive, tenho muitos amigos que são. O problema é que tem uns homofóbicos escandalosos, que não conseguem ser discretos. Ficam dando pinta que não gostam de gay, sabe? Tudo bem ser uma pessoa rancorosa e preconceituosa, mas não em público. Entre quatro paredes e bem longe de mim, tudo bem. Nada contra mesmo. Leia mais.
Enquanto se preparava para a gravação de programa eleitoral, um candidato a prefeito que pôs no santinho que teme a Deus mas já foi pego na mentira mais de uma vez, conversava com um assessor sobre possíveis nomes para a próxima gestão da câmara de vereadores. Entre um nome e outro, o assessor pergunta:
– E a bicha?
– Do jeito que tem viado em Maringá, não duvido nada – respondeu o candidato
Além dos votos dos três homossexuais que fazem parte da equipe e ouviram o comentário, parece que o candidato perdeu os votos de boa parte dos outros. Há quem diga que, para não perder votos, hoje em dia, melhor coisa é deixar a homofobia no armário.
Foi apreendido na manhã de hoje um menor de idade que estava envolvido no ataque a um homossexual em Sarandi no último final de semana. O cabeleireiro Rafael havia se mudado com a mãe e a prima para Sarandi havia 3 meses, e vinha sendo vítima de insultos diários por parte de um grupo de jovens do bairro onde morava. A agressão se deu na sexta-feira passada, enquanto Rafael ia para a casa de um amigo. Com blocos de concreto e pedaços de madeira, agrediram o cabeleireiro até deixá-lo sem movimento no chão.
O representante local da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, travestis e Transexuais (ABGLT), Luiz Modesto, acompanhado de dois advogados, conversou com o delegado de sarandi, José Maurício de Lima Filho, pedindo para que o caso seja enquadrado como agressão homofóbica configurando tentativa de homicídio. A advogada Kelli Defani acompanhou Rafael no depoimento. A ABGLT se prontificou a dar todo o suporte para o cabeleireiro durante o processo. O delegado disse que cuidará do caso pessoalmente e que espera prender todos os envolvidos até o início da próxima semana. (Foto: Maringay)
De Maria Newnum:
A Semana Maringaense de Combate a Homofobia antecedeu a Parada LGBT programada para o dia 20 de maio. Entre as personalidades convidadas para as conferências estava o leigo católico Arnaldo Adnet que integra o grupo Diversidade Católica do Rio de Janeiro. Adnet, juntamente com integrantes do movimento GLBT de Maringá, reuniu-se com o Arcebispo da Arquidiocese de Maringá, pastores e leigos evangélicos para relatar a experiência pastoral experimentada no Rio, onde o grupo recebe o amparo espiritual necessário para o enfrentamento diário das dificuldades sofridas por causa da homossexualidade. Leia mais.
Campanha bem-humorada contra o discurso homofóbico. Há também um vídeo com uma campanha feita na Irlanda.
O psicólogo Wallace Requião de Mello e Silva, irmão do governador Roberto Requião (PMDB), continua despertando a ira dos que lutam contra a homofobia. Em seu blog, o irônico G23 heterofóbicos, onde sobra até para o Grupo Dignidade, que trabalha pela conscientização e emancipação homossexual. “Não é moral, não é digno defender a imoralidade”, escreve.