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Matéria

Munição de ninguém

De Cecília Oliveira, na newsletter do The Intercetp Brasil:

A quem interessa acabar com a numeração de munições no Brasil? Ao crime, com certeza, sim. Pois é exatamente isso que o deputado Alexandre Leite, do DEM paulista, está tentando fazer: ele defende um projeto de lei que prevê eliminar a regra que obriga polícias e Forças Armadas a comprarem munições com marcação de lote. A marcação é isso aqui:

O cartucho acima, por exemplo, nós recolhemos quando rodamos as ruas do Rio depois de tiroteios. Ele é do mesmo lote que matou Marielle. Como sabemos? Ora: porque a marcação existe.

Qual o impacto real da extinção dessas numerações?

Imagine que poderíamos simplesmente deixar de saber, por exemplo, que as balas que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes vieram de um lote vendido para a Polícia Federal em 2006. E que as balas desse mesmo lote também foram usadas na maior chacina de São Paulo, numa disputa entre traficantes – ambas em 2015 – e num assalto no interior da Paraíba.

Como é que essa munição, que é de responsabilidade da Polícia Federal, foi parar nesses lugares?

Este tipo de informação pode sumir. E a quem interessa que não saibamos de onde vêm estas balas, para quem foram vendidas, onde deveriam estar?

O PL 3.723/2019, que incluiu o fim das marcações, foi enviado ao Congresso por Jair Bolsonaro após a derrubada de quatro dos oito decretos sobre armas que chegaram a vigorar em 2019 – o que o Ministério Público Federal chamou de “caos normativo”.

A medida que anula a obrigação da munição marcada, no entanto, passou de maneira discreta pela Câmara dos Deputados em novembro passado, tramitando com urgência. Três normas foram incluídas na calada do dia anterior à votação: o que significa que os deputados não tiveram tempo hábil para destrinchar seus efeitos práticos.

O intuito era aumentar o volume de munições que poderia estar em um mesmo lote – o que já seria horrível –, mas o deputado Leite substituiu um trecho que invalida o artigo 23 do Estatuto do Desarmamento – e, com isso, tirou a obrigatoriedade da marcação das munições. Se foi astúcia ou uma cabeçada, não saberemos. Hoje em dia, pode tranquilamente ser qualquer uma das duas coisas.

O projeto enviado por Jair deveria determinar as regras para o porte de armas dos colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, os chamados CACs. Mas o deputado paulista deu essa ajudinha – a quem?

Na nossa reportagem do ano passado, quando explicamos que recolhemos 137 cápsulas em 27 bairros do Rio para entender de onde vêm as balas, mostramos que a maioria delas (94) foi fabricada aqui no Brasil.

Identificamos, por exemplo, a origem de um cartucho disparado no dia 3 de julho de 2018 em um tiroteio entre policiais da UPP de Manguinhos, na zona norte do Rio, e traficantes do Comando Vermelho. O projétil faz parte do lote BNS23, comprado pela Marinha em 2007. Mas não havia operação da Marinha ali, e eles disseram que não houve extravio desse lote. Então, como isso foi parar lá?

A gente precisa dessa informação para saber quem matou quem, e com uma munição que deveria estar… onde? Foi roubada? Vendida? Extraviada? Desviada? Contrabandeada?

No fim do ano passado, eu entrevistei o Levi Inimá, tenente-coronel reformado do Exército e autor do livro “Balística forense: do criminalista ao legista”. Ele me disse: “Quando a polícia mata, ela desfaz o local do confronto e finge prestar socorro”. Levi fez incontáveis perícias. O deputado paulista Leite quer facilitar o trabalho sujo deste tipo de policial denunciado por ele?

Nós não podemos abrir mão desse tipo de informação em um país onde cerca de 43 mil pessoas são mortas por armas de fogo anualmente e onde o índice de elucidação de homicídios é baixíssimo.

De novo: a quem interessa não saber de onde vêm e para onde vão – ou deveriam ir – essas munições? Vocês podem perguntar ao deputado Alexandre Leite.

Aqui está seu e-mail: dep.alexandreleite@camara.leg.br

Aqui está o telefone de seu gabinete: (61) 3215-5841.

Blog

Para se identificar

Sabia que gostava do João Cláudio Moreno não só por causa do seu talento como cantor e humorista. É daqueles vídeos (este tem três anos) que você assiste e se identifica.

Legislativo

Projeto obriga identificação de menores de idade em hotéis

A Câmara Municipal de Maringá votará amanhã, em primeira discussão, projeto do vereador Chico Caiana (PTB) obrigando os hotéis, motéis, pousadas, pensões e demais estabelecimentos congêneres a afixarem, em local visível de suas respectivas recepções, cartaz informando ser proibida a hospedagem de crianças e adolescentes desacompanhados de seus pais ou responsáveis.Continue lendo ›

Geral

Identificação

Placa

A Câmara de Maringá gastou R$ 3.515,00 para trocar as placas de identificação com os nomes dos vereadores, nas mesas do plenário e nas portas dos gabinetes.

Geral

Mulher é identificada

morte

Foi identificada agora à tarde a mulher encontrada morta na manhã de hoje no estacionamento do Banco Bradesco, na rua Néo Alves Martins, em Maringá. Ela estava nua e debaixo de estruturas metálicas (leia mais). Josiane de Oliveira Santos tinha 31 anos e morava com a família no Conjunto Requião, mas há cerca de 17 dias havia saído de casa. (Foto: André Almenara)

Herrar é umano

Linguagem inculta

Olhos e ouvidos dos que se machucam ao ver e ouvir erros em propaganda estão mais feridos do que nunca com o mercado imobiliário de Maringá e região. Depois do Condomínio Riviera em Porto Rico (na propaganda, feita por agência, leem “Riviêra” ao invés de “Riviéra”), a mesma incorporadora realiza em Umuarama o Parque Industrial Grevilha (o correto é grevílea). Agora, em Barbosa Ferraz, informa panfleto, lançou-se o ‘Jardim Campo Verdes’.

A linguagem inculta parece ter sido adotada como regra: na avenida Mandacaru espalham-se acentos em placas, outdoors e fachadas, inclusive em prédios públicos.

PS – Sem falar no Parque Hortência (a flor é hortênsia), erro insistente apesar de lei municipal que determina correção.

Estadual

Uso de pulseiras por menores em eventos públicos agora é lei

quinteiro
O deputado Wilson Quinteiro (PSB) teve o seu projeto de lei de nº 349/2013 sancionado pelo governador Beto Richa, convertendo-se na Lei nº 18.168, já em vigor. Ela prevê a obrigatoriedade da distribuição gratuita de pulseiras de identificação para menores, por parte dos organizadores de eventos públicos em locais abertos, que reúnam mais de 150 pessoas. “Esta medida de segurança prevê proteção à criança e ao adolescente, visto que infelizmente é recorrente a perda de crianças de seus pais e responsáveis em eventos públicos com grande concentração de pessoas. É uma medida simples e eficiente”, afirmou o deputado.

Geral

Polícia identifica envolvidos no roubo à agência do Banco do Brasil

Assalto BB
Investigadores do Setor de Furtos e Roubos, da 9ª Subdivisão Policial identificaram os autores do roubo à agência Maringá Velho do Banco do Brasil, em Maringá, em 17 de fevereiro último. Na ocasião, quatro homens armados quebram uma vidraça e entraram no banco, rendendo vigias, funcionários e clientes. Foram roubados cerca de R$ 162 mil em espécie. Na ação foram utilizados um veículo VW/Fox, vermelho, e um veículo VW/Golf, preto, que foram abandonados próximos ao Shopping Catuaí, em Maringá. Após serviço pericial e de inteligência, foi possível chegar ao homem que forneceu o Fox para a ação dos bandidos: Leandro Garcia, 41, empresário de Londrina, que está com mandado de prisão pela participação neste crime, mas encontra-se foragido. As investigações e a troca de informações com outros setores da Polícia Civil possibilitaram a identificação dos quatro homens que invadiram o banco: Fábio Nogueira de Sousa, conhecido como Zóio ou Chimbica, 29; Leandro Eduardo Montagnini de Lima, o Topeira, 34; Breno Ricardo Arroyo, 28; e Robson Alberto César, conhecido como Doido, 31. Os quatro possuem mandados de prisão expedidos pela Justiça, em decorrência desse roubo, mas encontram-se foragidos.Continue lendo ›

Geral

Aí fica complicado

Um vídeo que circula no Facebook (o Radar Maringá reproduziu) mostra um motorista de ônibus do transporte coletivo urbano de Maringá enviando uma mensagem no celular enquanto dirige. O autor do vídeo, porém, borrou a identificação do motorista e, contatado, preferiu não dar detalhes sobre o horário e a linha em que houve o flagrante, por temer que o funcionário seja repreendido pela empresa. Aí fica complicado, pois a empresa, que procura treinar e reciclar seus colaboradores, tem interesse em evitar que a irregularidade continue, e não tendo como identificar o funcionário fica impossível tomar as medidas necessárias. Não se pode cobrar responsabilidade da empresa quando quem filmou/postou não colabora.

Blog

Ajude a identificar pessoas em foto histórica de Maringá

Primeiro avião a descer em Maringá
Um trabalho para JC Cecílio e os mais antigos de Maringá: identificar algumas das pessoas da foto acima, que registrou o pouso da primeira aeronave na cidade, em 21 de novembro de 1947. O blog agradece a quem puder ajudar o conhecido odontólogo Laércio Nickel Ferreira Lopes na identificação dessas pessoas que fazem parte da história de Maringá. A primeira pessoa é Nivaldo Ferreira Gandra, então com 52 anos, diretor do escritório de topografia da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, contratado em 1945 com a finalidade inicial de implantar a cidade a partir do projeto urbanístico de Júlio Macedo Vieira, de São Paulo (que, por sinal, nunca esteve aqui). Continue lendo ›

Estadual

Pulseiras de identificação para menores em eventos

Wilson QuinteiroDe acordo com o projeto de lei apresentado pelo deputado Wilson Quinteiro (PSB) na sessão plenária desta quarta-feira, produtores de eventos deverão fornecer pulseiras de identificação gratuitamente a adolescentes com menos de 12 anos em todos os eventos públicos realizados em locais abertos e que venham a concentrar, ainda que potencialmente, mais de cento e cinquenta pessoas. Segundo o propositor do projeto, a pulseira deverá conter as informações essenciais para a identificação dos menores, bem como dados relevantes sobre a saúde de criança. “Esta medida de segurança prevê proteção à criança e ao adolescente, visto que infelizmente é recorrente a perda de crianças de seus pais em eventos públicos com grande concentração de pessoas. É uma medida simples e eficiente”, disse Quinteiro.

Geral

Paciente sem identificação no HU

Uma mulher sem identificação foi encaminhada ao Pronto-Socorro do Hospital Universitário Regional, em Maringá, e encontra-se em estado grave. Ela foi encontrada, hoje por volta das 5 horas, na avenida São Domingos, próximo ao número 258. Estava inconsciente e aparentando ter sofrido agressão física. Morena, cabelos escuros, na altura do ombro, a mulher aparenta ter pouco mais de 20 anos. A paciente é magra, mede cerca de 1m60 e estava trajando camiseta preta. Quem tiver alguma informação que ajude a identificar a paciente favor entrar em contato pelo fone (44) 3011-9100.