Em Porto Alegre (RS), o prefeito reeleito Fortunati do PDT, cujo lema de campanha era “Por Amor a Porto Alegre”, definiu quatro projetos estratégicos. Um deles é a implantação de um incinerador de resíduos urbanos. Tal projeto seria desenvolvido na modalidade Parceria Público Privada (PPP), e, para tanto, já abriu a manifestação de interesse e recebeu as propostas das empresas, dentre elas uma conhecida de Maringá – a Foxx.
No Facebook, o padre Leo, da Paróquia Santo Expedito, de Maringá, lembrou que o candidato da atual administração é o único que não assinou o termo de compromisso contra a instalação da usina de incineração, proposto pelo Fórum Lixo e Cidadania. “A possibilidade da eleição de candidato da atual administração é uma ameaça à população que não quer a queima do lixo e sim a reciclagem. Corremos o risco de ver ir por água à baixo a luta da Igreja Católica, outras igrejas e movimentos que se manifestaram contra a instalação de tal usina”, ressaltou.
Os deputados Luiz Eduardo Cheida (PMDB) e Luciana Rafagnin (PT) protocolizaram na Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de lei 362/2012, que proíbe tecnologias de incineração dos resíduos sólidos urbanos e, inclusive, veda a concessão pública para empreendimentos que promovam o aproveitamento energético a partir da queima do lixo. A iniciativa, fruto de ampla consulta popular, tem o objetivo de incentivar a coleta seletiva e a preservação ambiental. A instalação do incinerador em Maringá, por exemplo, lançada pelos irmãos fratelli com interesses ainda não conhecidos, foi defendida por “gente bem” e acima de qualquer suspeita, até que foi para o arquivo, depois de muito esforço de entidades locais. Continue lendo ›
Vai fazer um mês que os vereadores aprovaram o projeto de lei que cria o Pró-Catador e, em seu artigo quarto, proíbe a incineração de resíduos em Maringá, e até agora o prefeito em exercício Carlos Roberto Pupin (PP) não o sancionou. Está parado em alguma engrenagem da máquina administrativa.
Do leitor:
Nessa quinta-feira deverá ser aprovado, em última votação, o projeto contra a incineração de lixo em Maringá. Apresentado em “regime de urgência especial” pelos vereadores do prefeito licenciado Silvio Barros II (PP), Heine Macieira, Zebrão e Belino Bravin [que por sinal nunca foram vistos em nenhum dos manifestos contra o incinerador], o projeto foi recebido com total desconfiança pela sociedade maringaense. Pessoas que acompanharam meses e meses de discussões e manifestações sabem que há caroço embaixo desse angu. Portanto, é bem provável que os mascotes do PP festejarão só a três o tal projeto que, pelo conteúdo e rigor metodológico, certamente foi escrito Zebrão e corrigido pelo Bravin. O remendo do PP ficou maior que o rasgo.
…que não haverá queima de lixo em Maringá. Foi que o disse o líder do prefeito, falando a Milton Ravagnani, ferrenho defensor da técnica, e por consequência da instalação da usina que consumiria cerca de R$ 350 milhões. Heine, que antes defendia com unhas e dentes a queima, disse que diante das dúvidas surgidas sobre os possíveis males à saúde, o seu partido reunido, o seu presidente Rocha Loures e ele, que são médicos (palavras de Macieira), decidiram proibir a incineração de lixo em Maringá.
Meu comentário: Conta outra ‘Dotô’. Na verdade vocês dos PP desistiram pela pressão e convencidos que não dava para enganar todo mundo Continue lendo ›
Ontem, na sessão da Câmara de Maringá, o líder do prefeito Heine Macieira (PP) aproveitou que o Silvio Barros II está, para todos os efeitos, licenciado, e disse que a obsessão de implantar um incinerador na cidade era coisa pessoal do Sr. Avião. Um leitor viu no gesto algo semelhante ao que Brutus fez com César, retratado na tela de 1865 de Karl Theodor von Piloty.
Talvez o representante da ONG Frente Nacional de Prefeitos tenha passado na Rio+20 tenha passado batido num dos temas que serão debatidos no evento de uma semana, para o qual ele dedicará 100 dias. O item quarto da programação é “A economia do Desenvolvimento Sustentável, incluindo padrões sustentáveis de produção e consumo”. Leitor observa que isso dá a entender que essa preocupação, do padrão sustentável, visa, em primeiro lugar, a manutenção de um sistema de reciclagem que preserva os recursos, também naturais. “Se essa discussão contempla essa prerrogativa, por que será que o prefeito da nossa cidade insiste em “torrar” a riqueza proveniente da inteligência que estabelece a sustentabilidade da produção e do consumo, através da implantação dos incineradores?”, questiona.
Este é o Plano de Governo do PP para 2010 e 2014. O livreto de 16 páginas traz lá, à página 4: “Implantar o Sistema Biopuster”. O PP é uma máquina de franquias, mas nem todas dão certo. Certamente haverá uma errata e colocarão no lugar: “Implantar o Incinerador de Lixo”.
Leitor encontrou a explicação para a fixação do prefeito Silvio Barros II (PP) pelo incinerador de lixo (a mesma, aliás, que ele teve pela transformação do lixo em plasma e pelo Biopuster): a questão é bíblica. O homem veio do pó e ele quer dar sua contribuição para que o homem volte para o pó, através das cinzas da incineração.
O apoio de Umberto Crispim e João Alves Correa a Carlos Roberto Pupin – viabilizado pelo novo secretário, Miguel Grillo -, além de uma montanha de votos trouxe a sensação de que Leopoldo Floriano Fiewski, ex-funcionário e braço direito do prefeito Silvio Barros II, estivesse fora da administração. Afinal, circula que Pupin, assim como a Igreja Católica, representantes de várias religiões e diversas entidades, também é contra o incinerador de lixo. Colocando Grillo na prefeitura, houve quem imaginasse que o processo para a implantação do incinerador seria interrompido.
Nada. O processo continua na Secretaria de Saneamento Básico, que continua ocupada por Fiewski. Sem contar que John Alves, que assumiu a paternidade da nomeação de Grillo, é a favor do incinerador.
Está prestes a começar, na câmara municipal, a audiência pública “Por uma Maringá sem incineração de lixo”. Especialistas falarão sobre o tema até o início da tarde. O evento está sendo bem prestigiado. Detalhes.
O GDI – Grupo de Diálogo Inter-religioso – de Maringá, formado por representantes da fé bahá’í, budista, candomblé, católica, evangélica, muçulmana e umbandista, divulgou nota manifestando-se contrário à proposta da administração municipa de implantar uma usina de incineração de lixo na cidade. Depois de se informar sobre os danos à saúde das pessoas, à saúde do meio ambiente e o prejuízo social causado a quem vive da reciclagem, o GDI referendou em documento o posicionamento emitido há quase um mês pela Arquidiocese de Maringá. Leia mais.
PS – Como diz um leitor, agora só falta o papa divulgar seu posicionamento contrário ao incinerador. Uma hora, quem sabe, a sociedade poderá sensibilizar a administração dos fratelli.
O Instituto Ambiental do Paraná concedeu licença prévia para que a Prefeitura de Maringá realize estudos de impacto ambiental para implantação da usina de incineração de resíduos sólidos, obsessão dos irmãos Barros. O prefeito licenciado Silvio Barros II (PP) teria ido hoje a Curitiba com o propósito de acelerar o processo, que foi movimentado no final da tarde. Nesta quinta-feira ele reassume o cargo, permanece quatro dias, período durante o qual assinará a autorização para os estudos do incinerador, e depois viajará para Portugal e Espanha, pretensamente para tratar do tratamento do lixo. O intervalo de quatro dias, portanto, parece ter sido minuciosamente combinado entre o prefeito e o IAP.
A decisão do governo Beto Richa contraria recomendação do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho, emitida no último dia 22. O blog ficou sabendo que a Fox, empresa que há mais de um ano iniciou contato com a administração maringaense para a instalação do incinerador, pagou a viagem de fiscais do IAP à Europa para conhecer seu sistema.
A mobilização dos moradores de Maringá contra a instalação de uma usina de incineração de lixo, planejada pelos irmãos Barros, ganhou ampla reportagem no site iG. Matéria de Maria Fernanda Castro e Natasha Madov, de São Paulo, detalha ã reação da sociedade local contra a proposta da administração municipal. O jornalista Fábio Linjardi é citado no texto por comparar a situação com um episódio de Os Simpsons. “Os Simpsons à parte, a possibilidade de instalação da usina de incineração de lixo em Maringá colocou em lados opostos o prefeito Silvio Barrros II e o Ministério Público Estadual. Enquanto o prefeito defende que o município importe a tecnologia adotada em Paris e Tóquio e se transforme em referência regional no tratamento de lixo, promotores argumentam que a proposta viola a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que defende como prioridade a redução da produção de lixo, a reciclagem e a reutilização”, diz a reportagem. Leia mais.
Grupo de manifestantes contra a instalação da usina de incineração do lixo faz caminhada, na avenida Brasil, nesta manhã, em Maringá. Foto de Márcio Naka.
Pressionado no início da semana para resolver as pendências milionárias de seu governo o quanto antes, para renunciar ao mandato e entregá-lo ao vice Pupin, o prefeito Silvio Barros II (PP) chora mas cumpre à risca o traçado pelo irmão mais novo. Na próxima quinta-feira, com o apoio da Turma do Amém, ele colocará em votação na Câmara de Maringá projeto que vai blindar a instalação da usina de incineração de lixo na cidade.
Os fratelli querem garantir que o incinerador não será defenestrado por projeto de lei de iniciativa popular que começou a ser articulado e já tem garantidas cerca de oito mil assinaturas de maringaenses, contrários à queima dos resíduos sólidos. O projeto, como outros ao longo dos mais de sete anos de sua administração, será goela abaixo, com a valiosa ajuda dos vereadores de sua base.
Aqui, em melhor resolução.
De Eleuterio Langowski, de Cianorte, a propósito da aprovação, pelos vereadores de Maringá, da incineração do lixo:
– Se Maringá quer queimar o seu lixo, vai gerar dioxinas cancerígenas que vão prejudicar a população. Espero que façam o EIA Rima de dispersão atmosférica, e, pelo que sei, essas dioxinas cancerígenas poderão chegar até Cianorte e Umuarama. Nós aqui não queremos respirar o veneno de Maringá.
Transcorre neste momento, no paço municipal, a audiência pública sobre o Plano Municipal de Saneamento de Maringá. Para sustentar a fantasia do incinerador, a administração Barros-Pupin vai tirar R$ 100,00 de cada maringaense este ano. Ninguém fala do custo que o processo necessitará, mas especula-se que seja algo em torno de R$ 1 bilhão (R$ 330 milhões somente este ano). Portanto, preparem o bolso, pois eles não descansam.
PS – O secretário Leopoldo Fiewski, de Saneamento Básico, transforma a audiência pública numa palestra, sem direito a debate. Mas já adiantou que a administração fez mais uma das suas: segundo ele, o plano que deverá ser aprovado hoje terá que ser readequado por causa da legislação, que determina sua adequação ao plano da bacia hidrográfica, algo que ainda não foi feito, apresentado ou discutido. Ou seja, o que está sendo feito será refeito.
