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Multilog quer vender o Porto Seco em reunião-almoço na Acim; se não conseguir, unidade pode fechar

Na quinta-feira a catarinense Multilog vai à Acim para participar de reunião-almoço com empresários e investidores de Maringá com potencial para aquisição do Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, o conhecido Porto Seco, adquirido por ela em outubro de 2016. Se não conseguir vender o Clia até o final do mês, a Multilog vai cessar a atividade junto à Receita Federal.
O zunzum existia desde o ano passado, e em janeiro o blog tocou no assunto, antes de uma comitiva ir a Curitiba pedir apoio do governo do estado. O Terminal Internacional de Cargas do Aeroporto Regional Silvio Name Júnior, que faz parte do Clia, está desativado há mais de oito anos.
Em correspondência enviada em fevereiro ao presidente da Associação da Associação Comercial e Empresarial de Maringá, José Carlos Valêncio, o presidente da Multilog, Djalma Vilela, e o diretor de Relações Institucionais, Eclésio da Silva, sugeriram que a entidade promovesse um evento para oferecer a seus associados a aquisição do Porto Seco, um “encontro de lideranças empresariais e públicas”. Por cerca de duas horas a empresa, que tem matriz em Itajaí (SC), vai detalhar a operação, estrutura, valores e potencial, e avaliar eventuais interessados “ou mesmo a composição de cooperativa ou consórcio, com empresários locais”.
A empresa colocou a venda as operações logísticas do recinto alfandegado de Maringá por questões estratégicas, para concentrar esforços numa linha de ação entre Uruguaiana (RS) e Campinas (SP). Como adquiriu recentemente as operações da Elog Sudeste, nas cidades de São Paulo, Campinas e Santos, confirma que, desta forma, “Maringá está fora do eixo desta operação”.
O Clia de Maringá foi oferecido primeiramente aos proprietários do imóvel onde fica o Porto Seco (antigos administradores do Clia), que declinaram. Segundo a empresa, já houve demonstração de interesse na aquisição de empresários de fora de Maringá, mas “não gostaríamos que este fosse o resultado”.
A reunião-almoço na Acim, marcada para quinta-feira, representa, segundo os dirigentes da Multilog, “toda a consideração que temos pela cidade de Maringá e seus dirigentes e investidores, tanto públicos quanto privados”. Potenciais clientes da própria Multilog, que tem 15 unidades espalhadas pelos três estados do sul, também deverão participar do encontro.
O processo para a venda do Porto Seco de Maringá – a primeira Estação Aduaneira do Interior do Brasil – tem prazo para ser concluído: 31 de março. “As nossas ações terão que ser concluídas até esta data, conseguindo vender ou não. Nossa intenção é transferir essa operação, via venda, para a comunidade empresarial de Maringá, mas caso isso não seja possível tentaremos fazê-lo para adquirente [de] fora do município. Se forem infrutíferas todas essas ações, nos restará cessar a atividade junto à Receita Federal do Brasil, o que não se deseja fazê-lo”, diz Djalma Vilela.

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