A situação no atendimento a pacientes com covid-19 em Maringá deve ficar mais difícil. Ontem a equipe diretiva do Hospital Regional Universitário, em comunicado interno aos servidores da urgência e emergência, instruiu o encaminhamento de pacientes, em caso de não internação, para as unidades de pronto atendimento Quebec ou Zona Sul. A decisão pode acarretar sobrecarga no já complicado sistema de atendimento, pois as UPAs não possuem a estrutura que o HUM tem.

Sem leitos, várias cidades da região continuam encaminhando pacientes para as UPAs de Maringá. O comunicado interno do HUM traz instruções temporárias (que valem até o dia 30 deste mês), podendo ser alteradas antes deste prazo, considerando a necessidade de reabilitar os leitos de observação covid-19 como leitos de enfermaria covid-19, inviabilizando a manutenção do pronto atendimento respiratório. Ressalta ainda que o Hospital Universitário não é referência de demanda espontânea para paciente suspeito ou confirmado covid-19.

O documento orienta que pacientes que vierem por demanda espontânea e apresentem sintomas respiratórios (adulto ou criança), “serão avaliados, ainda na sala de acolhimento com classificação de risco, pelo plantonista ou médico residente de plantão no dia, da especialidade procurada, acionados pelo serviço de acolhimento, e a seguir:
• Adultos: Em casos que precisem de internação, é necessário ser feito contato pelo médico com o plantonista da enfermaria covid e realizar cadastro na central para transferência interna. Se não for caso de internação, o paciente deve ser encaminhado pelo médico em encaminhamento do SUS, com carimbo e assinatura para sua proteção, para a unidade de referência: pacientes de Maringá UPA Quebec ou Zona Sul, demais municípios, a referência de seu município. Casos em que o plantonista julgue viável atender e liberar, com encaminhamento para acompanhamento posterior em suas referencias, são autorizados, desde que não seja necessário realização de exames e observação em nosso serviço.
• Crianças: Casos que precisem de internação, a mesma deverá aguardar em isolamento na enfermaria covid, enquanto é cadastrada na Central de Vagas para transferência para uma das referências de internação respiratória pediátrica. Se não for caso de internação, o paciente deve ser encaminhado pelo pediatra ou residente da pediatria, em encaminhamento médico do SUS, com carimbo e assinatura, para sua proteção para a unidade de referência: pacientes de Maringá PAC (UPA Zona Norte), demais municípios, a referência de seu município.
Casos em que o plantonista julgue viável atender e liberar, com encaminhamento para acompanhamento posterior em suas referencias, estão autorizados, desde que não seja necessário (sic) realização de exames e observação em nosso serviço.”

(Foto: UEM)